A situação política do Egito ganha traços dramáticos e violentos a cada dia que passa. No início da manhã, a informação era de que ao menos 42 partidários do presidente Mohamed Morsi e membros do grupo islamita Irmandade Muçulmana foram mortos nesta segunda-feira (8). por volta das 11h30, o chefe dos serviços de emergência do país, Mohamed Sultan, informou que morreram 51 e 435 ficaram feridos.
Os manifestantes organizavam um ato pacifico perto do quartel general da Guarda Republicana, na Cidade do Cairo, onde eles acreditam que Morsi está detido, quando foram atingidos por tiros. Em sua defesa, o exército egípcio alegou que um grupo de terrorista tentou invadir o prédio. Segundo os militares um oficial foi morto e 40 membros ficaram feridos.
O líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, disse que o chefe do exército do Egito transformar o país em uma nova Síria. Ele responsabilizou o general Abdel Fattah al-Sisi pelas mortes desta segunda-feira. O grupo pediu o apoio dos egípcios para lutarem contra uma tentativa de “roubar” a revolução.
O presidente interino do Egito, Adli Mansour, garantiu que vai investigar o caso. Ele disse ainda que o prédio da Guarda Republicana foi atacado e pediu para que a população fique longe de pontos considerados estratégicos para a segurança do país.
Hamdeen Sabahi, o principal líder política de esquerda no pais, pediu que um governo interino seja formado imediatamente para preencher o que ele chama de vácuo político perigosos, depois que militares e membros da Irmandade Muçulmana se confrontaram.