O Atlético Goianiense entra em campo nesta quarta-feira (11) às 21h30 no Estádio Olímpico para o primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil contra o São José, equipe que eliminou a Chapecoense e está na segunda colocação do Grupo B do Campeonato Gaúcho com a mesma pontuação do Grêmio que é líder.

Fundado em 1913, o Zequinha é um time de bairro situado na grande Porto Alegre e já faz a sua melhor campanha na competição nacional. Fundado através de colegas que estudavam em um colégio católico, atualmente adota o formato de clube-empresa e é gerido por um grupo especializado em seguros.

“Hoje adotamos esse formato de clube-empresa que é comandado pelo Grupo Aspecir, que está gerindo há oito anos, que foi o período em que conseguiu seus melhores resultados esportivos na história. Dentro desses 106 anos entendemos que é o modelo mais correto e mais vitorioso da história”, explicou o gerente executivo do clube gaúcho, Luciano Oliveira à Sagres 730.

São José comemorou classificação sobre a Chapecoense (Foto: Comunicação/São José)

Além da primeira divisão estadual e da Copa do Brasil, o São José tem em seu calendário o carro-chefe que é o Brasileirão da Série C e para o dirigente será importante avançar de fase para reforçar o elenco para a terceira divisão.

“Essa questão de ir adiante na Copa do Brasil seria importante para a história do clube, para que a gente conseguisse rentabilizar financeiramente, fazer uma boa equipe e nos reforçarmos para a Série C do Campeonato Brasileiro. Nunca é fácil jogar uma terceira divisão, será nosso segundo ano e nós temos sim a pretensão de fazer uma boa Série C e por que não sonhar com o acesso à Série B?”

São R$ 2 milhões para quem se classificar neste confronto, dinheiro que fará muita diferença para um time que tem folha salarial menor que R$ 200 mil. Por isso, melhorias na estrutura do Estádio Francisco Novelletto também estão em pauta.

“Claro que a gente trabalha, estamos em obras aqui no estádio para melhorias e a gente tem um equilíbrio nisso. Sempre colocamos as prioridades na questão estrutural e obviamente manter o nível da equipe e não deixar cair, porque isso esportivamente é muito importante para nós”, destacou Luciano.

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Francisco Novelletto passa por reformas para jogo da volta (Foto: Comunicação/São José)

Quem também destacou a relevância da partida é o técnico Éverton Vanoni. Profissional de apenas 38 anos iniciou sua trajetória no São José como auxiliar permanente do clube quando o time era comandado por Leocir D’allastra. Com a demissão do treinador, ele foi efetivado.

“A gente vem se preparando nesses dias para esse jogo que é histórico para o clube e que não estava no calendário. Damos uma importância e uma relevância gigante para essa partida. Sabe-se que a equipe do Atlético está na Série A do Campeonato Brasileiro, é uma equipe muito qualificada, mas a gente vai tentar fazer um jogo com bastante equilíbrio para poder surpreender”, analisou Vanoni.

O duelo será o encontro de um ataque muito competente que já marcou 23 gols em 11 partidas e tem a terceira melhor média de gols marcados entre as equipes que vão disputar a Série A, e uma defesa consistente que sofreu cinco gols em sete partidas no Gauchão e um em dois jogos na Copa do Brasil.

Apesar da força de seus sistema defensivo e de fazer a segunda partida em Porto Alegre, o comandante do Zequinha não quer uma equipe recuada e jogando por um empate.

“O Atlético é um time muito qualificado e acho que hoje no futebol brasileiro se você postar sua equipe para se defender, para empatar, a chance de perder é muito grande. Obviamente que temos um respeito absurdo por eles, mas também vamos tentar colocar em campo nosso modelo de jogo que dentro dele também tem a parte ofensiva. Respeitamos muito o adversário, tentaremos fazer um duelo bem competitivo, mas também procurando tentar atacar o adversário. Jogar pelo empate não é uma característica do São José que sempre vai entrar em campo para tentar um resultado positivo”, garantiu o treinador à Sagres 730.

Ele que não vê vantagem por decidir a vaga jogando em casa. Para Vanoni, se o time não conquistar um bom resultado nesta quarta-feira (11), essa situação será deixada de lado.

“Muitas pessoas já me fizeram essa pergunta, mas eu acredito que vai muito do primeiro jogo. A decisão em casa é relativa porque se você não fizer uma primeira partida boa, daqui a pouco não vai valer o mando. Eu acho que é equilibrado pelo fato da equipe adversária ser um time de envergadura nacional e jogar a primeira em casa. Eu vejo que não há uma vantagem se o primeiro jogo não for favorável”, explicou.

Além de fazer a partida da volta no Estádio Francisco Novelletto, o Esporte Clube São José tem outro “trunfo” que é o gramado de seu complexo esportivo. A grama utilizada no Passo da Areia é sintética, diferente da maioria dos estádios no país, e o gerente executivo explicou a opção do clube em ter um gramado nesse modelo.

“O que as pessoas não sabem é que o São José não tem um centro de treinamento, então utilizamos o gramado sintético aqui como nosso CT. Assim temos a possibilidade das categorias de base também aproveitarem esse espaço para fazerem seus treinos justamente com a equipe profissional. O nosso gramado sintético foi aprovado pelo laboratório da FIFA, são testes bem rigorosos, então o Atlético pode ficar tranquilo porque o estádio está em perfeitas condições de uso, tivemos uma vistoria da CBF aprovando na última semana as condições do gramado”, revelou Luciano Oliveira à Sagres 730.

Por conta dessa diferença, a diretoria atleticana já definiu que o elenco fará treinamentos em campos sintéticos em Goiânia e até no Francisco Novelletto antes da partida final. Mesmo assim o comandante do Zequinha vê que seu time tem uma leve vantagem no jogo da volta. “Acho que nós estamos mais adaptados. É diferente, a gente não pode negar, e talvez por estarmos mais adaptados a gente leve um pouco de vantagem”, concluiu.

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São José treina na grama sintética do Francisco Novelletto (Foto: Comunicação/São José)

O Zequinha não tem desfalques para o confronto desta quarta-feira (11) e deve ir à campo com o mesmo time que enfrentou a Chapecoense: Fábio; Márcio Lima, Rafael Goiano, Marcão, Marcelo; Thiago Pedra, Diguinho, Rafael Tavares; Matheusinho, Thayllon, Gustavo Xuxa.

Ouça na íntegra a entrevista do gerente executivo do São José, Luciano Oliveira, e do treinador Éverton Vanoni à Sagres 730:

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