POR MIRELLE IRENE
O conselho de ética do PMDB deve instaurar após o carnaval o julgamento dos membros do partido que manifestaram apoio ou trabalharam na campanha de reeleição do governador Marconi Perillo-PSDB. A punição pode chegar até a expulsão da legenda.
Já há denúncias contra o empresário Júnior do Friboi, contra o ex-deputado Frederico jayme, e também contra o ex-presidente do PMDB metropolitano, Emival oliveira. Também contra a ex-presidente do PMDB jovem, Denise Castro. Alguns prefeitos também devem ser denunciados.
O presidente do conselho de ética do PMDB, Leon Deniz, explica como ser dará todo o processo de julgamento e faz questão de esclarecer que todos acusados de infidelidade partidária terão direito assegurado de se defenderem:
“Esses processos vão chegar à comissão de ética pós-carnaval e serão distribuídos por sorteio para cada relator. Serão convocados sete titulares e sete suplentes. Todos os envolvidos serão notificados e obviamente terão o direito sagrado de se defender e provar inocência com todos os recursos. O processo todo pode demorar de 90 a 120 dias”, esclarece Leon Deniz.
Um dos prováveis acusados e prestes a ser julgado pelo conselho de ética, o ex-deputado Frederico Jayme, diz que quer permanecer no partido e já tem várias linhas de defesa. Para ele, que é hoje chefe de gabinete do governador Marconi Perillo, o PMDB erra ao manifestar desejo de expulsar seus membros:
“O PMDB não cria juízo. O partido tem alas lideradas por Iris Rezende, as viúvas do Iris, que não procuram dialogar ou conversar. Para mim, isso é uma incoerência, porque o PMDB não expulsou o Iris quando ele traiu Ulisses Guimarães, do PMDB, quando apoiou a candidatura presidencial do Fernando Collor de Melo. O partido anda a reboque das conveniências pessoais do Iris”, declara.
Caso o Conselho de Ética decida pela recomendação de expulsão dos membros acusados de infidelidade partidária, os processos ainda devem passar pela apreciação da executiva do partido, quem decidirá os casos.