(Foto: Reprodução/ ONU)
O Conselho de Segurança discutiu esta quinta-feira, a pedido do Reino Unido, os últimos detalhes da investigação sobre o alegado ataque químico contra o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia Skripal, na cidade inglesa de Salisbury, em março.
Segundo agências de notícias, na quarta-feira, as autoridades do Reino Unido identificaram dois agentes dos serviços de informação militar russos como supostos autores do atentado.
Acusação
Inspetores da Opaq numa sessão de treino. , by Opaq
A embaixadora do Reino Unido, Karen Pierce, informou que a polícia britânica conduziu “uma investigação forense dolorosa”, revendo 11 mil horas de filmagens de vigilância e realizando cerca de 14 mil entrevistas até chegar aos suspeitos.
Pierce defendeu que “perante este comportamento, a comunidade internacional precisa continuar a defender as leis, normas e instituições que protegem os cidadãos de armas químicas e da ameaça de interferência estrangeira hostil”.
Por sua vez, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, negou qualquer responsabilidade do seu país no alegado ataque.
Nebenzia afirmou que o Reino Unido “ainda não tem qualquer prova do envolvimento da Rússia e uma versão clara sobre o que aconteceu.”
Investigação
Em março, o governo britânico afirmou que tinha sido usado um gás neurotóxico chamado novichok contra o ex-agente de inteligência da Rússia e sua filha. Um agente da polícia britânica, que socorreu os dois, também foi contaminado.
No mês seguinte, a Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, anunciou que concordava com a conclusão do governo britânico.