Além da má fase dentro das quatro linhas onde é o lanterna do Campeonato Brasileiro da Série A e não vence há 11 partidas, o Goiás Esporte Clube também vive uma movimentação nos bastidores. A agremiação passará por um processo eleitoral na segunda quinzena de dezembro, em meio a disputa da competição nacional.

Neste primeiro momento dois nomes despontam como pré-candidatos a sucederem o atual presidente executivo Marcelo Almeida. Paulo Rogério Pinheiro deve ser o candidato da situação, enquanto o empresário Vanderlan Alcântara busca as assinaturas necessárias dentro do Conselho para viabilizar sua candidatura.

No entanto, a possibilidade de ter o filho como presidente executivo do Goiás não é vista com bons olhos por Hailé Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo da equipe esmeraldina.

Em entrevista à PUC TV no último sábado (14), o dirigente revelou que ainda não foi comunicado do desejo de Paulo Rogério. “Eu vi hoje (sábado) no jornal e foi até surpresa para mim, ele não falou nada comigo não”.

Segundo Hailé, o filho não terá o seu “sim” caso sua opinião seja solicitada e nem apoiará a candidatura de seu herdeiro.

“Meu não (apoio). Eu não tenho candidato. Eu vi no jornal que o Paulo Rogério é candidato, ele é maior de idade e sabe o que faz. Ele não me comunicou e nem pediu, mas se pedir, não vou deixar. Então é melhor ele ser rebelde e fazer o que ele quer”, afirmou.

O mandatário justificou o fato de se opor à vontade de Paulo Rogério Pinheiro de assumir a presidência do Goiás.

“Eu já sofri demais, estou há 57 anos aqui. Se o (Paulo) Rogério ficar aqui, vou continuar sofrendo da mesma forma, muito ruim. Mas a vida é assim, continua, ele é jovem. Eu fui presidente do Goiás com 26 anos e estou com 84”, disse.

Quem também deseja chegar à presidência da equipe esmeraldina é o empresário Vanderlan Alcântara. À PUC TV, Hailé desconversou sobre a possível candidatura de uma chapa de oposição.

“É direito de todos nós sermos candidatos. Não é bom não (ter oposição), seria bom sozinho, mas se precisar ter, que tenha”.

O dirigente finalizou dizendo que não tem um candidato para indicar e que um presidente não “nasce” de uma hora para outra.

“Não, não tenho não, de maneira alguma. Isso não nasce assim, isso vai criando”.