Em entrevista concedida à RÁDIO 730, o jornalista Marcos Villas Boas, coordenador do projeto TBC News, afirmou que tem como objetivo recuperar uma TV que deixou de ser do Estado e passou a atender interesses de grupos privados.
“A TV Brasil Central trouxe pessoas, algumas de muito valor, outras de valor qualquer, que tentaram preencher a programação, trouxeram algum conteúdo para TV, mas isso ficou muito associado a qualquer interesse público. A TBC News não quer ser uma TV de bajulação e sim de informação, ética e competência”, declara.
O coordenador declarou que quer que a TV dê transparência ao governo e ofereça ao cidadão uma das coisas que este considera mais cara para competição, que é o acesso à informação.
“Existem pessoas de valor produzindo todos os programas que estão no ar, e elas estão sendo convidadas a fazer parte de um novo projeto, que vai ser discutido a partir das ideias”.
O projeto referido por Marcos Villas Boas parte do pressuposto de qual é a TV ideal e seu conteúdo necessário.
“Temos um ambiente na TBC em que os repórteres saem de gatão com medo de fazer entrevista as autoridades. Ninguém quer transformar a TBC numa TV incendiária, que coloque lenha na fogueira, mas não vamos deixar de dar informação por medo” garante o coordenador.
Ele ressaltou que se transformar a TBC News numa TV bajuladora, quando for necessário dar uma informação importante, ninguém vai acreditar.
Concursados
Sobre os concursados, o jornalista afirmou que hoje a TBC tem mais quantidade do que qualidade, e que tem muita gente que ainda tem que aprender a profissão. “Essas pessoas terão que ser colocadas em funções secundárias até que ganhe condições para o trabalho” alega.
Em relação ao contrato com a TV Cultura, ele disse que o modelo de filiação como repetidora vai ser abandonado, passando a ter um caráter regional.
“A programação será 100% produzida aqui, ou em produtos com parcerias com outros veículos. Com a TV Cultura, vamos negociar a permanência do programa Roda Viva na grade da TBC News”, declara.
Tecnologia
De acordo com Marcos Villas Boas, haverá uma iniciativa democrática, por meio da tecnologia.
“Estamos implantando mecanismos no qual através do seu controle remoto, além de mudar de canal, o telespectador também poderá opinar, dar nota, e esperar receber resposta”, explica.
Esporte
Quanto ao jornalismo esportivo, o coordenador comentou que a programação ocupa uma espécie de feudo dentro da TV, pois é preciso esperar chegar um horário para um “grupo de cronistas trocar um festival de achismos”.
O grupo é competente, e esperamos que eles também ampliem seu leque, e se preparem para fazer uma cobertura jornalística durante todo tempo. Temos que amanhecer falando de assunto esportivo”, completa.