O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou, na última segunda-feira (22), o 6º teste público de segurança das urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições de 2022. De acordo com o coordenador de Sistemas Eleitorais do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), Dory Gonzaga Rodrigues, as avaliações são fundamentais para a prevenção a ataques de hackers.

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“O objetivo principal do teste público é contar com o conhecimento dessas pessoas, desses hackers, da comunidade acadêmica, para que a gente melhore cada vez mais a segurança do sistema. Um achado dentro do processo a gente vê como algo positivo que, a partir do momento que encontre alguma falha ou alguma barreira, a gente vai melhorar o sistema”, explicou Dory Gonzaga.

Ouça a entrevista na íntegra:

No teste público de segurança das urnas eletrônicas, o sistema é atacado por hackers na tentativa de derrubar as barreiras de segurança do processo de voto eletrônico. Caso ocorram falhas ou alguma fragilidade no sistema, elas serão corrigidas antes das eleições ocorrerem. Assim, os investigadores têm acesso aos componentes internos e externos do sistema da urna.

Para a realização das avaliações, o TRE-GO conta com a participação de qualquer pessoa capacitada. “O teste é para a comunidade. Qualquer pessoa brasileira que tenha conhecimentos de Tecnologia da Informação (TI), que queira conhecer o processo, validar, saber se realmente é seguro, basta que a pessoa faça sua inscrição e apresente seu teste de invasão. Neste ano, estamos com 29 planos de ataque em implantação nesta semana e 26 hackers que se inscreveram para fazer estes testes”, declara o coordenador.

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Durante entrevista à Sagres, Dory Rodrigues também rebateu falas de possíveis fraudes nas eleições e salientou que o sistema eleitoral brasileiro apresenta resultados auditados. “Quando temos este tipo de discurso, há um desconhecimento do processo eleitoral. Às 17h, quando a gente encerra a votação, é impresso o boletim de urna. Naquele momento, já é conhecido o resultado daquela urna eletrônica. Não tem como falar que houve fraude sendo que o sistema já é auditável. Basta que você pegue o resultado daquela sessão que você votou, acesse o sistema e cheque o que a gente totalizou. O sistema é auditável”, reforçou.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: