A reivindicação de integrantes do Ministério Público de Goiás para que o ex-senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) seja afastado do cargo de Procurador de Justiça do Estado será analisada pela Corregedoria Nacional do Ministério Público.

A relatora do processo no colegiado, conselheira Maria Ester Tavares, remeteu a reclamação contra o parlamentar cassado ao órgão disciplinar para concentrar todas as ações contra ele em uma mesma instância.

Alegando “constrangimento” com o retorno de Demóstenes aos quadros da instituição goiana, 82 promotores e procuradores de Justiça protocolaram, no final de agosto, um pedido de abertura de processo disciplinar e de suspensão ou afastamento do ex-senador, enquanto durarem as investigações contra ele.

Além da representação instaurada pelos integrantes do Ministério Público goiano, Demóstenes responde a um segundo processo na Corregedoria Nacional, aberto pelo chefe do órgão, Jeferson Coelho. O corregedor-geral do MP pretende investigar as supostas ilegalidades cometidas pelo ex-senador à época em que atuava no Congresso.

Suspeito de ter usado o mandato parlamentar em favor dos interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira, Demóstenes foi cassado pelo Senado em 11 de julho. Nove dias depois, ele reassumiu o cargo no Ministério Público de Goiás, depois de 13 anos longe da instituição.

Até o momento, não há previsão oficial de quando os dois procedimentos internos ajuizados contra Demóstenes serão analisados pelos Conselheiros do Ministério Público.

No entanto, há uma expectativa no órgão de que as ações serão analisadas no próximo encontro do colegiado, em outubro.

Com informações do G1.