A bacia do Córrego Botafogo, em Goiânia, tem sido um foco de atenção para especialistas e autoridades municipais. Há problemas de drenagem e à necessidade urgente de intervenções para prevenir enchentes e melhorar a qualidade ambiental.

A construção do Plano Diretor de Drenagem indicou várias questões críticas que necessitam de ações imediatas. O objetivo é evitar problemas no futuro.

O diagnóstico atrelado a políticas de drenagem urbana é o tema do Podfalar desta semana.

​Problemas Identificados

O estudo aponta que a urbanização acelerada e desordenada na região tem contribuído significativamente para a degradação da bacia do Córrego Botafogo.

Entre os problemas estão: a impermeabilização do solo, causada pela construção de edifícios e pavimentação de vias. O resultado é a capacidade reduzida de infiltração da água da chuva, resultando em enchentes frequentes.

Além disso, o lixo descartado inadequadamente e a ausência de uma rede de esgoto eficiente aumentam a poluição do córrego.

​Análise da Bacia do Baixo Anicuns

Segundo o diagnóstico, há a necessidade de ações integradas e estratégicas para mitigar os impactos das cheias e garantir a sustentabilidade ambiental e urbana.

O estudo detalhado da bacia hidrográfica do Baixo Anicuns e do sistema de drenagem urbana de Goiânia permitiu a identificação de diversas conclusões:

Em primeiro lugar, a alta capacidade de acumulação hídrica da região, aliada à topografia plana e à impermeabilização do solo decorrente da ocupação urbana desordenada.

A combinação dos fatores intensifica significativamente o risco de alagamentos e inundações durante períodos de precipitações intensas.

A inadequação das obras de arte existentes, evidenciada pela falta de capacidade para lidar com grandes volumes de água, representa uma ameaça concreta à integridade do sistema de macrodrenagem, à infraestrutura viária e à segurança da população.

​Soluções Propostas

Entre as soluções propostas pelo diagnóstico, destacam-se:

  1. Revitalização e Conservação das Áreas Verdes: A criação e manutenção de áreas verdes são essenciais para aumentar a permeabilidade do solo e reduzir o risco de enchentes.
  2. Instalação de Sistemas de Drenagem Sustentável: Implementar sistemas que permitam a infiltração da água da chuva, como pavimentos permeáveis e jardins de chuva, pode mitigar os efeitos da urbanização.
  3. Educação Ambiental e Conscientização: Campanhas educativas são cruciais para sensibilizar a população sobre a importância do descarte correto do lixo e a conservação dos recursos hídricos.
  4. Fortalecimento da Infraestrutura de Saneamento: Melhorar a rede de esgoto e garantir que todas as residências e empresas estejam conectadas a esta rede é vital para reduzir a poluição no córrego.

A modelagem hidráulica realizada, juntamente com a avaliação das áreas de inundação e a determinação das vazões de cheia, forneceu subsídios essenciais para compreender a dinâmica hidrológica da região.

A identificação de áreas com alto potencial de armazenamento hídrico, como o anexo ao Baixo Anicuns, sugere a viabilidade da construção de reservatórios estratégicos para o controle do escoamento e a redução dos riscos de inundações.

Além disso, a identificação de áreas com alto potencial de acumulação hídrica, como o Setor Pedro Ludovico, Jardim Zoológico e Áreas Verdes, ressalta a importância do aproveitamento dessas regiões por meio da implementação de soluções técnicas adequadas, como a criação de bacias de retenção e sistemas de drenagem sustentável.

Essas medidas não apenas contribuirão para a mitigação de inundações, mas também para a promoção da recarga hídrica do lençol freático e a preservação dos recursos hídricos na região.

​Conclusão

O diagnóstico da bacia do Córrego Botafogo integra a construção de um Plano Diretor de Drenagem eficaz e sustentável. A UFG e a Prefeitura de Goiânia executam a construção do plano.

Diante dessas conclusões, torna-se evidente a necessidade de uma abordagem integrada e holística para a gestão das águas pluviais na bacia do Baixo Anicuns.

Entre as medidas estão: A implementação de práticas de drenagem sustentável, a conservação do solo. Além disso, a revegetação de áreas degradadas e a adequação das obras de arte existentes, entre outras.

O objetivo é a garantia da resiliência urbana, a segurança da população e a preservação do meio ambiente na região de Goiânia.

As conclusões do estudo reforçam a importância de ações imediatas e coordenadas entre os diversos atores envolvidos.

​Características

Situada integralmente na área urbana de Goiânia, a bacia hidrográfica do Baixo Anicuns (córrego Botafogo) apresenta extensão de aproximadamente 43,89 km².

Destaca-se a bacia do Baixo Anicuns, com 30,70 km² e extensão principal de 11,30 km até sua confluência com o ribeirão Anicuns. Ele é um afluente crucial do rio Meia Ponte pela margem direita.

O córrego Botafogo nasce no interior do Parque Jardim Botânico. Ele possui duas nascentes e recebe em sua margem direita o córrego Sumidouro, enquanto os córregos Areião e Capim Puba o afluem pela margem esquerda.

A falta de infraestrutura adequada, como sistemas de drenagem eficientes e moradias seguras, soma-se à precariedade das condições socioeconômicas, agravando a situação de vulnerabilidade das populações de baixa renda.

Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 06 – Água Potável e Saneamento.