A lentidão da vacinação contra Covid-19, seja por falta de doses disponíveis ou pela rejeição à imunização por parte de uma parcela da população, propiciou o surgimento de novas variantes, como a Ômicron. A mais recente identificada é uma subvariante, batizada com o nome de BA.2. Conforme a médica infectologista e professora do curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro, em São Paulo, Sandra Gomes de Barros, a única arma disponível para lutar contra o vírus é a vacina.
“O que temos em mãos é a vacinação. Vírus são doenças preveníveis pela vacinação. Houve um retardo muito grande para começarmos a vacinar. E, nesse período, os vírus começaram a ter várias mutações em uma proporção muito alta, muito intensa, que não acompanhou a vacinação. Por isso que tivemos um índice imenso de internações”, afirmou a médica.
Com a vacinação, as pessoas têm uma chance maior de, caso sejam contaminadas pela Covid-19, não desenvolvam a forma grave da doença. ” Você pode ter a Covid-19, uma doença viral, sem desenvolver as formas graves. O que estamos vendo hoje relacionado à vacinação são inclinações de pessoas que estão com o esquema vacinal incompleto, e isso vem trazendo esse impacto para toda a população”, destacou Sandra Gomes.
De acordo com a professora, os sintomas apresentados pela nova subvariante BA.2 são parecidas com a de uma síndrome gripal. “Dor de cabeça, febre, dor de garganta, cansaço, mialgia e, principalmente, sintomas respiratórios mais altos, atingindo o trato respiratório superior. Os casos que evoluem mais para gravidade vão provocar uma pneumonia viral e, em alguns casos, embolia pulmonar”, ressaltou.
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