Foto: Denise Xavier

A CPI da Enel vai finalizar os trabalhos nas próximas duas semanas. O relator Cairo Salim (PROS), disse à Sagres que o planejamento é encerrar até o recesso parlamentar, que deve ser até o dia 20 de dezembro. Ele revelou que ainda tem uma audiência com o presidente da Aneel, em Brasília e uma convocação para o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno.

“O diretor de Relações Institucionais da Enel Brasil, ganhou na justiça o direito de não se apresentar aqui na convocação da CPI, vamos ver se o Nicola vem e responde as perguntas que nós temos na CPI, se ele ganhar na justiça e também não vir, nós vamos juntar todos os dados que nós temos e produzir o nosso relatório”, detalhou.

Questionado pela Sagres, o relator Cairo Salim (PROS) admitiu que as conclusões têm critério político, além de técnico. “Eu sou político, então ele vem com a minha opinião política, mas também não deixa de ser um relatório mais técnico. Porque os dados do Estado todo, em mais de 25 cidades visitadas, são de problemas incessantes na energia”, afirmou. “Os critérios que a Aneel utiliza para tomar a concessão são muito frágeis e muito tranquilos para que a empresa continue a prestar um mau serviço”, criticou.

Cairo Salim (PROS) ressaltou que o Parlamento precisa ser “duro”, para provocar a justiça e o Ministério Público para tomar “posição” contra a empresa. “Nós queremos que o poder judiciário e o Ministério Público prossiga com as investigações, com os inquéritos, creio que a Casa também vai formar uma frente parlamentar para continuar esse debate, é um tema que continua muito aquecido no Parlamento, mas o nosso intuito com essa CPI é fazer com que a empresa invista mais rápido em Goiás e que ela tome uma chacoalhada para respeitar o cidadão goiano, eu creio que foi atingido”, completou.

*Reportagem de Rubens Salomão