Deputados aguardam documentos da Secretaria de Segurança Pública para investigar aumento da violência em Goiás. CPI da Violência entra em recesso e só volta aos trabalhos em agosto.
Instalada no final de maio, a Comissão Parlamentar de Inquérito da Violência, realizou seis reuniões e terá pausa nos trabalhos durante o recesso parlamentar. A próxima reunião está marcada para 1º de agosto. Os integrantes da CPI já pediram mais prazo para as investigações. A previsão do relator, deputado Júlio da Retífica (PSDB), é que, devido a grande quantidade de informações a serem analisadas, a CPI da Violência seja concluída somente no final do ano.
Um dos argumentos é a demora do envio do mapa da violência em Goiás solicitada à Secretaria Estadual de Segurança Pública com informações sobre os crimes cometidos nos últimos 10 anos, incluindo o resultado de prisões, inquéritos e se houve ou não julgamento dos indiciados. Os deputados pediram informações detalhadas, em especial, sobre os crimes cometidos contra moradores de rua em Goiás, com a indicação dos nomes das vítimas; data e motivação do crime; andamento do inquérito; bem como as medidas que estão sendo tomadas para evitar novas ocorrências. Os deputados também solicitaram informações sobre os crimes mais cometidos no Estado, número de prisões e os resultados práticos das ações policiais.
O deputado Júlio da Retífica (PSDB), relator da CPI da violência, critica a falta de foco das ações policiais para garantir maior segurança para a população e acredita que a CPI pode contribuir para a melhoria do serviço. “Queremos saber se as pessoas que cometeram crimes estão presas ou soltas, um estudo volumoso e por região, para saber onde tem a maioria dos crimes”, explica o relator. A expectativa é que ao final dos trabalhos a CPI da Violência apresente propostas para melhorar a segurança pública em Goiás.