A Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira na Assembleia Legislativa não aprovou o requerimento que pedia a convocação de Carlinhos Cachoeira para prestar depoimento à comissão. O pedido foi negado, por três votos a dois, já que a base do Governo foi contra o requerimento.
Na reunião, também foram aprovados os requerimentos que pediam a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico, do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, e do ex-prefeito, Iris Rezende e decidida à convocação do presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal, Edemundo Dias.

O Deputado Mauro Rubem (PT), criticou a atuação dos deputados que preferiram não ouvir Cachoeira. “A CPI aqui em Goiás está transformando literalmente em objeto de defesa do próprio Governador. Não quero aprofundar, temo pela desmoralização que a CPI pode chegar. A CPI que não quer ouvir o Carlos Cachoeira! Não quer ouvir o Governador! Não quer ouvir o Bordoni! E eles se dispuseram a vir. Então nós estamos preocupados com esta situação, espero que a gente reverta esse quadro ruim”, declara o deputado.

O relator da CPI, Tales Barreto (PTB), explica que não é momento de a comissão ouvir Carlinhos Cachoeira, e que um novo requerimento será proposto com esta intenção. “Não podemos passar o carro na frente dos bois na realidade. Nós vamos ouvir Carlos Cachoeira e várias outras pessoas, mas no momento certo. Não adianta também trazer algumas pessoas que vão ficar caladas. Eu acho que nosso tempo é curto, estamos trabalhando o máximo possível, vamos prolongar nosso recesso, mas vamos ser coerentes com o que está acontecendo”, destaca.

“Ele é que determina quando ele vai falar”, destaca o deputado Túlio Isac (PSDB). Ele afirmou, que tem a informação de que primeiro Cachoeira vai depor em Brasília, depois na CPI e defende ainda que “a partir do momento que acabou a ditadura e que nós não podemos colocar ninguém em um pau de arara e nem começar a pressioná-lo com ferro e fogo, democraticamente o que reza a constituição é que ele fala quando quiser falar. Trazer o Carlinhos Cachoeira aqui para ele ficar calado não vai acrescentar nada”.