(Foto: Arquivo)
Goiás registrou o segundo maior crescimento na taxa de desemprego no país no primeiro trimestre deste ano, atrás apenas do Acre. O superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, explicou em entrevista à Sagres nesta sexta-feira (17) que houve aumento considerável no número de pessoas com emprego informal e que trabalham por conta própria. São considerados nesta categoria, aqueles que trabalham em um negócio sozinho ou com um sócio.
A pesquisa do IBGE mostrou que havia 872 mil pessoas nessas duas condições (trabalho informou ou por conta própria) nos três primeiros meses deste ano, o maior número da série histórica que começou no primeiro trimestre de 2012. De acordo com Edson, no quarto quadrimestre de 2018 número era de 859 mil pessoas. O percentual de pessoas ocupadas em Goiás que passaram a trabalhar por conta própria aumentou de 25% no final de 2018 para 26,2% agora.
O superintendente do IBGE informou que a piora no mercado de trabalho começou no quarto quadrimestre de 2018 e que números atuais refletem essa deterioração. E acontece pela crise na economia brasileira que se acentuou naquele período e piorou em 2016 e 217. Segundo ele, além de redução do número de vagas formais houve piora também dos salários. A remuneração de um trabalhador informal é 62% daquele com carteira assinada e de 70% para quem trabalha por conta própria.
Edson Roberto diz que não é possível dizer se essa deterioração é só um reflexo da crise econômica ou se indica uma nova tendência do mercado, de contratar mais trabalhador freelancer, ou seja, temporários para executar trabalho determinado, do que contrato formal. Segundo ele não há dados para fazer essa análise. Informa que muitos pesquisadores vêm se debruçando sobre esses números para entender se a conjuntura atual será permanente. “É o que se chama de fim da era do emprego e início da era do trabalho. Ainda não sabemos se isso será uma tendência”, disse.
De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira (16) pelo IBGE a alta da taxa de desemprego em Goiás foi de 2,5 pontos percentuais (mesma evolução do Mato Grosso do Sul). No Acre foi de 4,9 pontos. Aqui, subiu de 8,2% no último trimestre de 2018 para 10,7% neste primeiro trimestre. A taxa tinha caído nos três últimos trimestres do ano passado.
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