O promotor de Justiça Aguinaldo Bezerra Lino Tocantins ofereceu denúncia criminal contra Sueide Gonçalves da Silva e o filho Willian Divino da Silva Moraes por homicídio triplamente qualificado e tortura contra Marizete de Fátima Machado, ocorrido em 29 de março de 2015.
Juntos, eles capturaram a vítima e a levaram para um lugar ermo, próximo à Vila Nossa Senhora Perpétuo Socorro, em Abadia de Goiás, onde, após atirarem várias vezes, colocaram fogo no corpo de Marizete, que chegou a ser socorrida, mas morreu dois dias depois, em consequência das lesões.
A morte De acordo com a denúncia, Marizete, que era cozinheira em uma pamonharia no Jardim América, saiu do trabalho em direção à sua casa, quando foi abordada de carro pela dupla. Sueide desceu do carro e, com um revólver, obrigou a vítima a entrar no veículo, quando, então, Willian partiu em direção à Abadia de Goiás. Durante o trajeto, Sueide começou a torturar a cozinheira, dizendo que iria matá-la e depois mataria seu filho e o seu patrão.
Morre cozinheira de pamonharia baleada e torturada “por concorrentes”
Chegando na zona rural de Abadia de Goiás, Marizete foi obrigada a descer do carro, sendo agredida por Willian com xingamentos, socos e pontapés. Ele também atirou nela, acertando-a por seis vezes, em diferentes locais do corpo: na parte de trás da cabeça, no tórax e antebraço.
Preso suspeito de participar do assassinato de cozinheira
Não satisfeitos, os denunciados envolveram a vítima em papel alumínio. Posteriormente, Sueide jogou álcool sobre o corpo e ateou fogo. Acreditando que Marizete estivesse morta, fugiram do local.
Filho de cozinheira morta é preso por colocar fogo na casa de suspeitos
A vítima, entretanto, conseguiu apagar o fogo rolando sobre o capim molhado e andar até a estrada, quando foi socorrida por moradores. Apesar de ter sido encaminhada para o Hugo, ela morreu dois dias depois. Sueide foi presa em flagrante horas depois do crime e Willian no dia 2 de abril.
Os crimes
Sueide e Willian foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, por ter sido praticado por motivo fútil, por submeterem a vítima a intenso sofrimento físico e psicológico, dificultando a sua defesa e também pelo crime de tortura, em sua modalidade psicológica.
O MP sustenta a presença da qualificadora do motivo fútil, pela desproporção entre a motivação e o resultado produzido, uma vez que a vítima era ótima cozinheira e trabalhava em uma pamonharia concorrente ao estabelecimento dos denunciados.Conforme laudo cadavérico, Marizete morreu em virtude de descompensação metabólica pelas queimaduras de 2° e 3° graus em cerca de 50% da superfície corporal e lesões provocadas pelos tiros.
Fonte: Ascom/MP-GO