O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (CRM-GO), Salomão Rodrigues, negou qualquer orientação do órgão para que médicos não realizem procedimentos cirúrgicos pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo). Ouvinte da Rádio 730, Nívea Carvalho, reclamou durante esta semana da paralisação do atendimento de algumas especialidades médicas e afirmou que, ao ligar no Instituto, foi informada que os cirurgiões teriam sido orientados pelo CRM a não realizar as cirurgias.

Segundo Salomão Rodrigues, esta é uma opção do profissional: “A decisão de não operar é dos cirurgiões. O que o Conselho propõe é que os médicos cumpram a decisão tomada em Assembleia. Se eles se reunirem novamente e modificarem isso, é uma determinação deles e não do Conselho”.

O agendamento de consultas, também fica a cargo de cada médico, de acordo com o presidente do CRM, para quem o grande problema está no tratamento que o Ipasgo dá aos profissionais.

“Ninguém tem motivação para atender pelos preços que são pagos. Os médicos estão saindo e, com a debandada, os que estão ficando, não tem capacidade para atender todo o mundo. O problema crucial é na relação do Ipasgo com os hospitais e com os médicos. Eles usam uma tabela de remuneração de 1992, pagam mal e atrasado”, definiu.