A cesta básica ficou mais cara em 16 das 17 capitais brasileiras pesquisadas em outubro pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese.

Goiânia puxou a segunda maior alta do país, com 5,64%, perdendo apenas para Curitiba, que apresentou aumento de 5,78%. O terceiro lugar foi ocupado por Belo Horizonte, com alta de 5,50%.

Em um ano, o custo da cesta básica na capital goiana apresentou variação de 16,15%, passando de R$ 197,96 (outubro/2009) para R$ 229,93 (outubro/2010).

Apesar dos maiores aumentos terem atingido, respectivamente, as cidades de Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte, a cesta básica paulista é a mais cara do país (R$ 253,79).

Segundo o Dieese, os vilões do aumento da cesta foram o feijão e a carne. Em Goiânia, o feijão apresentou alta de 137,2% em 12 meses. Em outubro de 2009, o goianiense tinha que trabalhar 93 horas e 40 minutos por mês para comprar uma cesta básica.

Com o aumento dos preços em 2010, são necessárias agora 99 horas e 11 minutos para se adquirir, na capital, a mesma quantidade de produtos – comparação que tem por base o salário mínimo vigente em cada época. Isso significa que – mesmo com o aumento do salário mínimo de R$ 465,00 (2009) para R$ 510,00 (2010) – o custo de vida em Goiânia foi superior ao reajuste do mínimo.

Com o aumento generalizado do custo de vida no país, o Dieese aponta que o “salário mínimo” necessário para custear as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 2.132,09 – valor 4,18 vezes maior que ao atual. Em todo país, a única capital a registrar queda nos preços da cesta foi Aracaju, onde houve recuo de 0,67% em outubro. Lá, o custo mínimo da cesta básica é de R$ 172,04

Fonte: Notícias de Goiás