No programa Papo de Feras com Juliano Moreira pela rádio730 deste domingo (06), o Bicampeão Mundial pelo Corinthians, Danilo falou sobre começo da carreira, vida profissional e conquistas.
Como foi o começo da carreira?
“Minha categoria de base foi toda em Ibiá, (cidade de Minas Gerais), em uma escolinha da cidade. Na época teve um torneio em São Gonçalo uma cidade do lado, onde o Goiás estava jogando, o Atlético-MG e o Cruzeiro. Na época tinha 17 anos e o treinador (do Goiás) que era o Rodrigo e o diretor Helder Cascão se interessaram em mim. Só que naquela oportunidade acabei indo para o Atlético-MG porque o treinado me queira e no galo fiquei por duas semanas, até tinha que voltar pra lá. Só que em um final de semana em Ibiá-MG meu pai falou e acabei indo para Goiânia e chegando na cidade, já assinei contrato e disputando o campeonato Goiano Juvenil. Fiquei dois anos no juniores e no terceiro ano já fui para o juvenil disputar a copa São Paulo.”
A saída do Atlético-MG, foi uma decisão do seu pai que fez com que deixasse o time e viesse jogar no Goiás?
“Foi uma decisão muito difícil. Eu estava lá, só que eu ia fazer teste com outro treinador, na época o técnico do Goiás que era o Rodrigo, que conversou com meu tio, e tinham acordado se não desse certo lá (no Galo) era pra eu ligar, porque eu já ia ser inscrito no campeonato Goiano, já chegar e jogar (isso no Goiás). Só que eu optei pelo Atlético mineiro, era de lá e ia jogar no clube, mas acabou que não deu certo. Mas eu tinha que ter voltado pra lá. Era uma sexta-feira percebi que não estava jogando e não tendo muitas oportunidades (isso no clube mineiro) e acabei tomando essa decisão junto com meu tio. Que acabou ligando para um cara do Goiás e foi uma coisa que aconteceu muito rápido.
O Galo era seu time do coração?
“Em minas era. Tinha aquele sonho de criança, mas depois que vira jogador você larga de mão.”
Tem o sonho ainda de jogar no Galo?
“Não. Acho que futebol depois que se é profissional não se tem mais aquele sonho de torcedor. Você já começa a pensar como profissional e isso é diferente.”
Com quantos anos chegou ao Goiás?
“Cheguei em outubro de 1996. Eu tinha 17 anos. Morava em Ibiá, Minas Gerais e depois vim para Goiânia, morava perto da Av. 85 no Hotel Guadalupe, onde era a concentração dos juvenil.”
Na base se lembra com quem jogo?
“Joguei com Josué, Araújo, Marabá, Fernandão. Depois acabei subindo para o profissional muito novo. Lá joguei com Dil, Richard e Sílvio Criciúma. Peguei uma equipe muito boa, nessa época essa galera ganhava tudo e tive o privilégio de jogar com esse time.”
Na época da base do Goiás conseguiu manter alguma amizade, aquelas de chamar para dentro da sua casa?
“Logico. Tenho vários amigos da base que até não viraram jogadores. Mas nós falamos ainda por telefone e acabamos nós vendo pouco, isso porque a vida é corrida e cada um tem seus assuntos para resolver. Mas sempre que possível a gente se encontra.”
Qual a opinião de Danilo sobre a base do time esmeraldino?
“Uma coisa que eu falo para todo mundo. O Goiás tem uma base boa, tem muito jogadores bons. Então, acho que falta dar mais valor nisso. Hoje mais experiente eu vejo que o jogador da casa é o mais cobrado, onde tem mais responsabilidade e no final não é valorizado.”
Espera algum dia encerrar a carreira no Goiás?
“Penso muito no presente. Não sabemos o que pode acontecer. As coisas acontecem muito rápido. Vou seguir meu trabalho e se tiver algum dia aparecer à possibilidade de voltar para o Goiás vai ser bom.”
Pretende jogar até qual idade?
“Vou continuar até quando eu estiver bem. Acho que no futebol temos que ter uma autocrítica e saber quando se esta bem e quando não dá mais. Enquanto estiver jogando bem vou continuar.”
Existe um “melhor” técnico na trajetória como jogador?
“Só peguei treinadores bons. Passei por Paulo Autuori, Murici Ramalho, Cuca, Hélio dos Anjos e o Leão que na minha passagem foi muito bom. Então, não tenho muito que escolher isso porque cada um tem a sua qualidade.”
Como foi a transferência do futebol brasileiro para o Asiático?
“Foi uma oportunidade. Todo jogador tem um sonho de jogar fora. E acabou aparecendo esta oportunidade. Tinha três anos que estava no São Paulo e depois fui para o Japão onde fiquei três anos também, foi um período maravilhoso.”
Tem vontade de voltar para o Japão?
“Tenho muita saudade de lá. Um lugar muito bom, uma adaptação muito boa, um país bom, indico a qualquer jogador que tem um sonho ir pra o futebol do exterior.”
Onde foi mais difícil ser campeão do mundo no São Paulo ou no Corinthians?
“Difícil te escolher. Isso porque cada time tem sua historia e sua pressão. Para o Corinthians o ano foi mais difícil porque não tinha a Libertadores, um campeonato que o clube não tinha ainda, então vivemos uma pressão para ganhar e ser campeão. Com a conquista veio um relaxamento natural. Mas logo depois veio o Mundial e tínhamos que ganhar. É difícil de escolhe. Acho que cada um tem sua dificuldade.”
De todos os jogadores com quem já jogou quem é o mais diferenciado?
“Peguei muito jogadores bons, é difícil citar um nome. Joguei com Luisão que era um centroavante que fazia muitos gols, peguei Amoroso e até o Rogério Ceni. Então, tenho umas referencias muito boa, por isso é difícil escolher um jogador. Foram grandes atletas que eu tive o prazer de jogar do lado. Se for pra ser citado um, pode ser o Rogério Ceni pela liderança que tem no São Paulo, onde foi um período de trabalho muito bom.”
A FIFA vai anunciar o melhor jogador do Mundo, Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo?
“É o Messi indiscutivelmente. Acho que se não fosse o Messi seria o Cristiano Ronaldo, que também é um grande jogador. Mas, o Messi é disparado o melhor jogador o Mundo.”
Confira o áudio da entrevista na integra:
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