Maurício Barbieri esteve nos estúdios da Sagres 730 (Foto: Luara Ariel/Sagres 730)

O novo técnico do Goiás, Maurício Barbieri, esteve nos estúdios da Sagres 730 desta terça-feira e abriu o jogo sobre diversos assuntos. O técnico revelou os motivos por não querer o meia Danilo, admitiu o interesse no atacante Rossi e também explicou o porquê da desistência na renovação contratual de Giovanni, destaque da equipe no acesso à Série A.

O treinador participou do programa Debates Esportivos e também deu detalhes sobre o planejamento esmeraldino, busca por contratações e elogiou o Verdinho que está disputando a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Veja os principais tópicos da entrevista com o treinador na Sagres 730.

POR QUE O GOIÁS NÃO CONTRATOU DANILO?

Primeiro, para colocar essa polêmica de lado de uma vez por todas. O Danilo é um jogador espetacular, tem uma carreira maravilhosa. Não só as imagens, mas também os títulos dizem isso. Acontece que no início do trabalho, nós procuramos um perfil de equipe mais leve, mais dinâmico. Fomos atrás de outros nomes. Quando apareceu o nome do Danilo, a gente entendeu que pela idade, a dinâmica e a intensidade de jogo que a gente quer promover, talvez ele não fosse o jogador ideal. Isso não quer dizer que eu vetei o jogador, de forma alguma, mas a gente foi por outro caminho. O Danilo fez uma grande escolha. Desejo sucesso para ele, menos contra o Goiás, e que ele possa fazer um bom ano no Vila Nova.

GOIÁS AINDA PODE CONTRATAR O GIOVANNI?

No momento que cheguei ao clube, não havia acerto entre o Giovanni e a direção. A partir daquele momento, fui atrás de outros nomes. Buscamos o Renatinho e o Marlone. Depois o Giovanni voltou atrás, mas nós já tínhamos jogadores em excesso para aquela posição. Desejo que ele tenha sucesso na carreira.

ROSSI INTERESSA AO GOIÁS?

O Rossi interessa sim. Tem o nosso perfil e tem capacidade que interessa sim. Mas tem de ter acordo. Li que ele tem um acerto com o Vasco, não sei como está, mas pelas características e pelo histórico, ele ajudaria a gente sim.

COPINHA

Estou olhando com muito carinho. Vi os dois jogos. Gostei bastante, tem jogadores que eu gosto e que identifiquei que podem subir para o profissional. Prefiro não falar os nomes para não prejudicar os meninos. Temos de integrar eles ao trabalho. Se eles puderem ajudar no Goiano, por que não podem ajudar no Brasileiro? Essa transição varia muito, tem jogador que responde de forma imediata, outros demoram um pouco mais. Isso não significa que o garoto não tenha qualidade. É papel do treinador para identificar onde cada um pode ajudar da melhor maneira.

AUSÊNCIA DO MEDALHÃO

Estou satisfeito com a integração de todos, com a intensidade que estamos trabalhando, com a aplicação nos treinos. A questão do medalhão, que eu prefiro colocar como um jogador mais experiente porque medalhão é usado de forma pejorativa. Eu não vejo como fator fundamental, mas é importante. Ainda não fechamos o elenco e pode ser que a gente consiga alguém com esse perfil. Mas se não conseguirmos, eu entendo que nós estamos no caminho certo. Temos um time jovem, mas com jogadores rodados, com experiência em grandes clubes como é o Goiás. Com essa base conseguiremos levar bem o ano.

ABISMO FINANCEIRO ENTRE FLAMENGO E PALMEIRAS CONTRA OS OUTROS CLUBES

Tem muita mística atrás disso do Flamengo. O clube tem valor, mas eles conseguiram arrumar a casa nos últimos seis anos. No ano passado, com a saída de jogadores, fomos atrás de reforços e o Flamengo conseguiu o Vitinho por um valor alto, mas que veio parcelado. Essa organização que o Palmeiras e o Flamengo conseguiram vão forçar os outros clubes a se organizarem mais, a buscar novas formas de receitas. Claro que isso vai provocar uma disparidade, mas os clubes vão ter de criar alternativas para fazer frente.

GOIÁS TEM OBRIGAÇÃO DE VENCER O GOIANO?

A palavra obrigação é complicada. Ninguém vence nada por obrigação, vence por mérito. O Goiás tem vantagens, mas temos de usar estas vantagens a nosso favor. O que vai prevalecer é a vontade e o desejo de conquistar o pentacampeoanto. Mas ninguém vence nada por obrigação, vence por mérito.

ATACANTE GUERRA SERIA UMA BOA?

Guerra é um jogador interessante, mas temos outras prioridades. Queremos jogadores para outras posições.

METAS PARA 2019

Colocar uma meta é sempre complicado, mas o sonho do título existe. Qualquer competição que o Goiás disputará, o sonho do título existe. Mas temos de procurar fazer as coisas no dia-a-dia, trabalhar com calma. Cada jogo tem de ser decisão. Na Copa do Brasi, tudo fica mais claro, mais nítido. Três pontos fazem muita diferença para título, vaga na Libertadores ou Sul-America ou fugir do rebaixamento. Cada jogo é muito importante. Buscamos fazer um grande ano. Vamos buscar ficar na parte superior da tabela e, como eu disse, na Copa do Brasil, vamos almejar o título, querendo chegar bem longe.

GOIÁS DESPRESTIGIADO JUNTO AO MERCADO?

Não posso responder a fundo porque não estou na pele dos jogadores. Pesou para o Sobis a história dele com o Internacional. Talvez possa existir uma certa desconfiança como o Goiás irá se comportar neste retorno à Série A. Ninguém tem dúvida sobre a grandeza do Goiás, mas talvez gere uma desconfiança. Agora eu garanto que quem conhecer a estrutura do clube, sem dúvida, vai ficar bastante impressionado.

ARREPENDIMENTO NO FLAMENGO?

Difícil falar o que poderia ser diferente. Sempre que você termina um trabalho, você olha pra trás e avalia. Mas uma coisa é falar depois e outra é vivenciar ali na hora. Infelizmente o que faltou ao Flamengo foi um título. Chegamos na semifinal da Copa do Brasil e quando eu saí, nós estávamos a três pontos do líder do campeonato. Eu tive a terceira melhor campanha da competição, mesmo saindo a dois meses do fim do campeonato. O Flamengo teve o melhor primeiro turno da história do clube. Foram várias coisas positivas, mas tinha esse anseio pelo título que faltou. Jogamos melhor naquela semifinal, foi um jogo atípico, mas fomos eliminados e a diretoria entendeu por interromper o trabalho. Perdemos jogadores durante o ano, como o Vinícius Júnior, o Guerrero. Trouxemos o Vitinho, que vinha em início de temporada, de uma outra realidade. O futebol russo é bem diferente do brasileiro. As coisas demoraram a engrenar, mas fizemos um ano muito bom em relação ao desempenho, não em títulos. São coisas que acontecem.

RIVALIDADE COM VILA NOVA

A gente sabe, tem conhecimento da história e desse clássico. Clássico é diferente, é um campeonato à parte. Tem um peso importante. Vamos nos preparar da melhor maneira para enfrentar o Vila e ter um resultado positivo, satisfatório.

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