Foto: Facebook/Reprodução
O governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) anunciou nesta quarta-feira (19), pouco antes de sua diplomação, a futura secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli.
Ela atuou como secretária de Educação no governo de Rondônia. O repórter de política Rubens Coutinho, do portal Tudo Rondônia, afirma que uma das grandes bandeiras de Fátima Gavioli foi levar a educação a regiões ribeirinhas, e que conviveu com constantes greves de professores no estado.
“Ela é um exemplo de que a educação é um meio de ascensão social, porque a professora chegou aqui a Rondônia nos anos 80, vinda do Paraná, de família pobre, e foi empregada doméstica na casa de um dos maiores líderes polítios de Rondônia na época, que era o prefeito de Cacoal, Divino Cardoso, e passou sete anos como empregada doméstica e estudando, e hoje é especialista em Educação, bacharel em Direito. Ela realmente aproveitou a oportunidade de estudo que foi dada à ela”, relata.
Rubens Coutinho destaca uma das bandeiras que Gavioli levou durante a gestão da Educação rondoniense. “A Educação aqui é diferente das demais regiões do país. Uma das coisas que vi que ela trabalhou aqui foi levar Educação para locais muito distantes dos centros urbanos do estado. Além disso, ela trabalhou a questão da educação integral, e foi uma das partes mais marcantes da passagem dela. Teve uma boa relação com os professores durante o movimento grevista, a Educação em Rondônia é marcada por constantes greves. É uma pessoa muito equilbrada, respeitada aqui no estado”, avalia.
Gavioli foi empossada como secretária de Educação do estado da região norte em 2014, na época do governo de Confúcio Moura. A jornalista de política Ana Kézia, do portal G1 de Rondônia, analisou o perfil da futura titular da Pasta de Educação em Goiás.
“Na prática, seus feitos mais notórios foram na área da modernização das escolas. Em 2016, cinco escolas do estado receberam quase 4 mil tablets através do projeto Aluno Digital, ela tinha como uma bandeira a inclusão digital nas escolas. O período em que ela esteve como secretária também foi marcado por greves na Educação. Em 2016, por exemplos, as reivindicações abordavam o cumprimento da lei do piso salarial em todo o país, os professores não concordavam com o parcelamento de salário nem com a militarização das escolas públicas”, conta.
Fátima Gavioli, de 50 anos, também foi coordenadora regional de Educação de Cacoal, que fica no interior. É paranaense, e residiu em Rondônia por mais de 35 anos. Mãe de dois filhos, constitui carreira como professora no Estado de RO, é Mestre em Educação e Licenciada em Letras e Pedagogia. Fátima Gavioli é pós-graduada em Gestão Pública pelo Centro de Liderança Pública de São Paulo (CLP-SP) e Consultora da Fundação Lemann, além de bacharel em Direito.