Sagres em OFF
Rubens Salomão

Decisão judicial impede fechamento de salas de leitura e transferência de crianças

A juíza Maria Socorro de Sousa Afonso da Silva, do Juizado da Infância e da Juventude de Goiânia, acatou argumentação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) em ação aberta e proibiu que a Prefeitura de Goiânia dê continuidade ao processo de fechamento de salas de leitura das escolas da rede municipal. A decisão ainda impede a transferência de crianças com idades entre quatro e cinco anos, que passariam a ocupar as novas salas de aula, diante do déficit de vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis).

A decisão liminar tem validade enquanto o tema não tem o mérito analisado pelo TJGO. A ação de execução foi apresentada pela promotora Maria Bernadete Ramos Crispim, titular da 42ª Promotoria de Justiça de Goiânia. O secretário municipal de Educação, Wellington Bessa, anunciou em outubro a substituição das salas de leitura em 50 das 173 escolas municipais para que os espaços se tornasses salas de aula para a educação infantil. A notícia pegou pais e mães de estudantes de surpresa e gerou questionamento do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), além da ação do MPGO.

No início da semana, a polêmica ganhou novo capítulo, quando o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) defendeu a medida e apontou que um dos motivos seria série de problemas de saúde, inclusive sinusite, causados em alunos pelos livros das salas de leitura. “Nós não podemos ser obrigados, com o desenvolvimento tecnológico no nosso país, a manter uma sala só com livros, onde crianças muitas das vezes têm problemas ao entrar na sala de sinusite, inclusive por preocupação com a saúde da criança”, alegou o prefeito.

Foto: Prefeito Rogério Cruz em prestação de contas na Câmara Municipal. (Crédito: Alberto Maia/Câmara de Goiânia)

Déficit

A Justiça também analisou pedidos feitos pelo MP relacionados à execução de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para ampliar as vagas na educação infantil. Em 2018, o MP instaurou um procedimento administrativo para acompanhar a oferta de vagas em creches e pré-escolas da capital, diante do crescente déficit do serviço.

Números

Na época, foi constatado que havia a necessidade de 6 mil novas matrículas para a pré-escola e 12 mil vagas para creches num período de dois anos. Procurado, o Município de Goiânia, em negociação, apresentou um plano de expansão de vagas na educação infantil que passou a integrar o TAC, firmado em abril de 2019, mas que não foi cumprido.

Compromisso

A juíza então fixou agora prazo até 31 de março de 2023 para que o Paço oferte 7.096 novas vagas de educação infantil para creches (crianças de 0 a 3 anos) e 2.233 novas vagas para pré-escola (crianças de 4 a 5 anos), sob pena de pagamento de multa por dia de descumprimento. Segundo Maria Socorro de Sousa, a decisão é para que não seja repassado às crianças da rede pública de ensino municipal o ônus da omissão do Município.

Foto: Deputados conversam com Bruno Peixoto (esq.) no plenário. (Crédito: Denise Xavier/Alego)

Mandato único

A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) aprovou, em segunda e última votação, durante sessão extraordinária nesta quinta-feira (15), o projeto que proíbe a reeleição do presidente da Casa.

Votação

No momento da votação, havia 32 deputados estaduais com presença registrada. Para a aprovação, eram necessários 25 votos. Com 26 a favor e nenhum contra, o presidente em exercício, Álvaro Guimarães (UB), declarou o texto aprovado.

Articulação

O autor do projeto é o líder do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na Alego, Bruno Peixoto (UB), que está entre os cotados para presidir a Casa durante o biênio 2023-2024.

Foto: Novo presidente do TCE, Saulo Mesquisa, ladeado por Sebastião e Lincoln Tejota. (Crédito: Yan Rissati/TCE-GO)

Nova direção

Os conselheiros Saulo Mesquita, Helder Valin e Sebastião Tejota foram empossados nos cargos de presidente, vice-presidente e corregedor-geral, respectivamente, no Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), para mandato até 2024.

Fiscalizar

Mesquita fez um histórico do Tribunal de Contas idealizado por Rui Barbosa, em 1890. “Mostram-se promissoras as iniciativas voltadas à atuação do Tribunal no que toca à fiscalização e à avaliação de políticas públicas”, destacou.

Presenças

O ato reuniu entre as autoridades, o vice-governador Lincoln Tejota, representando o governador Ronaldo Caiado (UB), o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), representantes da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o Procurador Geral de Justiça, Ailton Vechi; a reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita de Lima.

Mais Lidas:

Sagres Online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.