José Luis Franco Martins, de 52 anos, foi preso em Goiânia, suspeito de ser o maior estelionatário do estado de Goiás. Contra ele havia dois mandados de prisão, um no estado da Bahia e outro no Rio Grande do Norte.

Anderson Pimentel, adjunto da delegacia estadual de repressão de crimes contra o consumidor (Decon), explica como o suspeito aplicava os golpes. “Ele se apresentava como um funcionário de uma empresa de propaganda e marketing e oferecia totens e plaquetas de propaganda para serem colocadas em via pública. Ele não cumpria o contrato, recebia em cheque ou em dinheiro e, quando era procurado pelos empresários, ele simplesmente sumia. Calculamos em torno de quatro a vinte vitimas nesse procedimento nosso e já calculamos em torno de 300 vitimas em todo o estado de Goiás”.

O fato inusitado é que quando os policiais foram prender o suspeito, sua irmã, que se identificou como funcionária da ouvidoria da policia, na secretaria de segurança publica do estado de Goiás, tentou dar fuga ao estelionatário, como afirma o delegado adjunto da Decon. “Ela se identificou, tentou impedir a diligência, se utilizando do seu cargo. ela tem um cargo comissionado junto a ouvidoria de segurança pública. E ela, infelizmente, também contribuiu na resistência, causando lesões em nossos policias. Diante disso, estão sujeitos aos crimes de resistência, falsa identidade e lesões corporais”.

De acordo com o delegado Anderson Pimentel, o suspeito de estelionato já estava armando um novo golpe. “Pelo que a prova material nos aponta, ele estaria migrando da venda de propaganda e publicidade para venda de consórcios  de veículos automotores”.

O empresário, Valter Pereira, que foi vítima do estelionatário e levou um prejuízo de mais de três mil reais, relata como descobriu que havia caído no golpe. “Ele queria trocar uns cheques comigo. Aí desconfiei e, após conversar com alguns amigos, olhamos na internet e descobrimos que era um golpe, mas já tínhamos caído”.

*Com informações de Jerônimo Junio