Muitas pessoas sonham com uma vaga na universidade. Outras vão além e desejam cursar o ensino superior fora do país. Com a pandemia a oferta para essas instituições acabou diminuindo, contudo, alguns brasileiros ainda conseguem garantir suas vagas para o diploma do exterior.
Cecília Romanini tem 18 anos e viajou no último dia 19 para Philadelphia, nos Estados Unidos. Estudiosa e com um longo caminho pela frente, ela se dedicou durante anos para conseguir colocação em uma universidade no exterior. Agora, ela conta que o sonho está se tornando realidade. “Desde que eu tinha dez anos de idade eu tinha essa ideia de talvez ir para fora. Eu sempre quis conhecer mais do mundo e sentir uma experiência mais em pessoa do que só viajar”, conta.

Com o apoio dos pais, a dedicação de Cecília fez com que ela conseguisse bolsa em cinco diferentes universidades nos Estados Unidos. Todas elas foram por mérito acadêmico, ou seja, pelas boas notas. Cecília descreve com orgulho que vai estudar Ciências, um curso exigido para acessar a escola de medicina do país. “Estou fazendo um curso chamado ciência ele é um curso bem geral, que estuda química, física, biologia e matemática. Esse curso tem as matérias necessárias para que eu possa fazer a prova para entrada na faculdade de medicina”, detalha.
Essa não é sua primeira experiência como intercambista. A universitária teve a oportunidade de fazer todo o ensino médio fora do país. Isso facilitou muito seu acesso a uma universidade. Isso acaba sendo mais fácil para alunos que já estão no exterior, porque a grade curricular é diferenciada e os alunos produzem trabalhos acadêmicos voltados para a candidatura em universidades específicas.
Em entrevista à reportagem da Sagres, a empresária no ramo de intercâmbios, Margareth Honorato, explica que mesmo com algumas desvantagens, o aluno que sempre estudou no Brasil também pode conseguir uma vaga em instituições no exterior. “Eles fazem matérias, que nós chamamos de matérias acadêmicas. Assim eles levam créditos para o college. É uma oportunidade que estando no Brasil o estudante não tem. Contudo, existem alunos maravilhosos e dedicados que conseguem uma vaga em universidades do exterior”, ressalta a especialista.

A empresária explica também, como a internet tem facilitado a decisão de inúmeros jovens e adolescentes que decidem estudar fora do país. “Existe empresa de assessoria, existem empresas especializadas no segmento de intercâmbio. Mas os alunos que realmente são dedicados, que tem esse sonho e interesse, eles se preparam desde sempre. Porque existe essa facilidade na internet. Hoje você encontra todas as informações necessárias na internet”.
Fabiola Romanini é mãe de Cecília e, junto ao esposo, deu apoio na decisão da filha de se mudar para outro país em busca do diploma. Ela não esconde a falta que a filha faz, mas garante que vale a pena todo esforço. “Valeu a pena toda dedicação, todo o esforço, todo aquele sentimento de afastamento que temos que viver. Você ter um filho fora é muito complicado, mas se ele tiver 15 anos de idade complica mais ainda. Então, nós ficamos felizes em saber que todo esse investimento financeiro e de sentimentos teve um desfecho favorável.
