Nesta segunda-feira (10) chega a Goiás uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os representantes da organização está o chefe-geral da ONU no Brasil, Jorge Chediek. Outros três representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da ONU Mulher e do Sigob compõem a delegação que será recepcionada por representantes do Governo de Goiás. Ainda hoje eles participam de uma reunião de trabalho às 14 horas no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Segundo o secretário para Assuntos Internacionais, Elie Chidiac, o governo estadual quer saber detalhes sobre o software de gerenciamento governamental Sigob, desenvolvido pela ONU e utilizado pelo governo da presidente Dilma Rousseff, com bons resultados.”É um software que consegue acompanhar todos os projetos desenvolvidos pelo estado. Melhora a eficiência e identifica os gargalos e porque os objetivos não foram alcançados”, explica. Segundo Chidiac, a instalação deste programa seria disponibilizada pela ONU sem qualquer custo para o Estado de Goiás. O sistema será avaliado pelos técnicos de informática do governo estadual a fim de verificar se ele atende às necessidades locais.
Durante a reunião, os auxiliares de governo também irão apresentar projetos das áreas social, educacional, ambiental e de segurança pública, no sentido de firmar parcerias com a ONU para a implementação das propostas. “Goiás pretende alavancar algumas iniciativas e a ONU, que tem uma expertise muito grande, já está firmando parcerias com alguns estados da federação, especialmente na área do meio ambiente e de erradicação da pobreza. Na área de segurança pública, a ONU também tem uma experiência na pacificação das favelas do Rio de Janeiro e erradicação em áreas do Entorno do Distrito Federal na pobreza”, exemplifica.
Chidiac adianta os detalhes de dois projetos de combate à violência contra a mulher, ligados à Semira, que serão explanados na ocasião aos representantes da ONU, especialmente à representante da ONU Mulher. Os dois são avaliados em R$2 milhões, cada um ao custo de R$1 milhão. Um deles prevê a capacitação de servidores públicos estaduais e municipais das áreas de segurança, saúde e educação com o objetivo de multiplicar, qualificar e interiorizar boas práticas de efetivação da Lei Maria da Penha no Estado de Goiás. O de inclusão digital tem como proposta qualificar o total de mil mulheres a interagir e disseminar conhecimento nas redes sociais como Facebook e Twitter, no intuito de levantar demandas locais, identificar e dar visibilidade às boas práticas de empreendimento feminino.
Se a ONU sinalizar uma possível parceria com algum dos projetos há grandes chances de haver a instalação de escritório oficial da ONU em Goiás. Como os projetos demandam financiamento, isso seria altamente benéfico para o Estado, como avalia Chidiac. “Isso representaria um elo direto e a confiança nas políticas públicas formuladas pelo Governo de Goiás e também representaria uma agilidade nas tratativas de todos os projetos que podem surgir posteriormente. A ONU tem agências como o Banco Mundial, FAO, que trata da segurança alimentar, a ONU Mulher, e também outras agências ligadas aos direitos humanos, com as quais poderá interagir diretamente sem precisar da mediação de Brasília”, destaca.
Do Goiás Agora.