Na quinta-feira da semana passada, dia 13, o juiz José Carlos Duarte decidiu pela absolvição dos delegados Manoel Borges e Everaldo Vogado da Silva, e do escrivão João Ferreira dos Santos. Eles haviam sido acusados de falsidade ideológica no processo que apura a morte do radialista Valério Luiz de Oliveira, ocorrida em 5 de julho de 2012. A denúncia havia partido do Ministério Público, em 2013. O próprio MP, agora, opinou pela absolvição, acatada pelo magistrado.

O delegado Manoel Borges fala sobre o caso. “Aquilo ali foi em razão de colocações maldosas, que as pessoas tentaram imputar a mim. Durante a instrução, quando o acusado contrapõe as provas, exercendo a ampla defesa, aí a verdade surge como a luz do meio dia. Eu vi com muita naturalidade, o Ministério Público pediu a minha absolvição. Por consequência, a Justiça entendeu da mesma forma,” diz o policial.

A acusação de falsidade ideológica estava relacionada ao depoimento do principal suspeito do crime, o açougueiro Marcus Vinicius Pereira Xavier. A alegação é que teria beneficiado o empresário e cartorário Maurício Sampaio.  Com essa decisão fica claro que isso efetivamente não aconteceu. Na época, o delegado estava lotado no 4º Distrito Policial e foi deslocado para a 11ª Delegacia de Polícia. Atualmente, Manoel Borges responde pela 7ª DP, no Jardim América.

Agora que foi absolvido, o delegado declara que vai pedir reparação por danos morais. Segundo ele, não vai deixar passar em branco, principalmente, pelo constrangimento causado a ele e à família.

A reportagem da Rádio 730 entrou em contato com o Ministério Público, mas não foi possível falar com o promotor de Justiça Fausto Campos Faquineli, que apresentou a denúncia à época, nem com o promotor Alexandre Mendes, que acompanhou as investigações. A Assessoria do MP também não quis se pronunciar sobre o caso.