Em discurso no Plenário do Senado nesta terça-feira, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) negou o cometimento de qualquer irregularidade em suas relações com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em operação da Polícia Federal por explorar ilegalmente jogos caça-níqueis.
De acordo com matérias publicadas nos últimos dias pela imprensa, a Polícia Federal apurou que Carlinhos Cachoeira mantinha forte influência na política goiana. As investigações detectaram contatos telefônicos entre Cachoeira e políticos do estado, entre eles Demóstenes Torres.
O senador disse que não está sendo investigado e que comparece à tribuna do Senado apenas “por deferência aos senadores”. Depois de lembrar que um senador só pode ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal, Demóstenes disse que vai exigir que o caso seja apurado até as últimas consequências.
“Eu exijo ser investigado pelo foro legal, o STF. Minha vida sempre foi um livro aberto e continuará sendo”, afirmou.
“Uma investigação iniciada há mais de um ano, somente agora concluída e enviada à Justiça Federal de primeiro grau não pode ter o nome de um senador investigado. Se tivesse, a operação estaria com vícios, declarada nula e jogada por terra. Não há a menor possibilidade do meu envolvimento ou qualquer parlamentar no assunto”, disse ainda.
O senador afirmou que os expedientes utilizados para citá-lo são grosseiros. “Não sou investigado no fato, não sou acusado de nada. Portanto, não estou aqui para me defender, até porque não existe do quê. Não há motivo. Tentam macular a minha dignidade e minha família usando os expedientes mais grosseiros, como vazamentos de diálogos.”
Com informações da Agência Senado.