Foto: Agência Senado

Nove dias antes da análise de seu processo de cassação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o senador Demóstenes Torres, atualmente sem partido, usou a tribuna da Casa para defender seu mandato perante os colegas. O senador reafirmou ser amigo do contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal, mas negou fazer parte dos supostos esquemas ilegais dos quais ele é acusado.

Demóstenes também garantiu não ter usado o mandato para favorecer as atividades de Cachoeira e voltou a utilizar a tese de que seria necessário periciar as gravações das Operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal.

O senador questionou a postura da imprensa com relação ao modo de divulgação de denúncias relacionadas a seu nome. Ele disse ainda estar sofrendo com o isolamento político e considera o processo de cassação injusto, porque, segundo ele, as acusações se baseiam em fragmentos muito pequenos de incontáveis horas de gravações, que considera ilegais.

Demóstenes pediu perdão nominalmente aos senadores por expor, mesmo sem intenção, a casa. Por fim, o senador garantiu ser inocente.

O Senado marcou para o dia 11 de julho a votação do processo de cassação de Demóstenes. A votação no plenário ocorrerá em sessão secreta. Para cassar o mandato de Demóstenes, serão necessários pelo menos 41 votos favoráveis dos senadores, a maioria absoluta da Casa.