No último sábado aconteceu em Goiânia o festival de música Playground. Foi a última edição do evento no Centro-Oeste e contou com mais de 10 atrações internacionais, mesclando música eletrônica e entretenimento com direito até a parque de diversões no meio do evento.
A última edição da Playground, por sua vez, também teve seus problemas: reclamações de organização, estacionamento caro e um balanço criminal nada agradável: três pessoas presas por tráfico de drogas e oitenta ocorrências por uso de entorpecentes. Um dos traficantes cumpre pena no regime semiaberto e nem podia estar na festa.
A operação foi uma estratégia da Denarc para coibir o uso de drogas em grandes eventos na capital. Segundo o delegado Odair Soares foi encontrado lança-perfume, ecstasy, maconha e até haxixe. Curiosamente nenhuma apreensão de crack foi feita. “Traçamos uma estratégia e conseguimos flagrar 80 pessoas. Uma festa de classe média alta, onde tinham muitos usuários de drogas,” relata.
Para o Coordenador do Grupo de Álcool e Drogas do Conselho Regional de Psicologia Alfredo Santana, a organização da festa pecou na segurança e revista dos participantes. No entanto, ele diz que a culpa não é só dos organizadores e a responsabilidade precisa ser dividida.
Tem a culpa da organização da festa, no controle da entrada. O indivíduo que comprou a droga também tem sua parcela. A disponibilidade da droga para a compra é outro problema, este ligado ao Estado. Definir um culpado é inadequado.
A operação surpreendeu a Denarc que a partir de agora pretende realizar operações semelhantes em outros eventos com mais de 500 pessoas como afirma o delegado Odair Soares. Iremos aperfeiçoar. Vamos fazer uma análise da operação, para a gente seguir fazendo o combate ao trafego neste tipo de evento,” revela.