Dengue matou 18 pessoas em Goiás neste ano; casos de Chikungunya aumentam no Estado

“São 18 pessoas vítimas de um mosquito em Goiás neste ano. São 18 famílias enlutadas, que perderam parentes por causa de um mosquito”, declarou o coordenador de Controle de Dengue da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Murilo do Carmo Silva, em entrevista à Sagres.

Durante o programa Sagres Sinal Aberto, nesta quarta-feira (20), o coordenador chamou atenção para o número de mortes causadas pela Dengue 2021, que chegou a 18 casos. Nos últimos 10 anos, cerca de 700 pessoas morreram vítimas da doença. “É um alerta que precisa permanecer evidente, ainda mais agora com a retomada do período chuvoso”, reforçou o coordenador.

Ouça a entrevista completa:

A Dengue tem quatro tipos de vírus: tipo 1, 2, 3 e 4. Em Goiás, há o registro de apenas dois, com predominância do tipo 1, com 80% dos casos. O tipo 2, considerado mais grave, está presente em 20% das amostras. “É o tipo 2 que tem feito com que as pessoas procurem os hospitais, a rede assistencial, porque é um tipo de vírus mais grave, com maior letalidade”, explicou Murilo.

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Além da Dengue, o mosquito Aedes Aegypit também transmite a Zika e a Chikungunya, que é a maior preocupação da SES-GO, neste momento, em função de sua alta patogenicidade. Cerca de 80% das pessoas picadas pelo mosquito contaminado com a doença desenvolve sintomas do vírus. Já em relação à Dengue, o percentual é de 20% das pessoas picadas que desenvolve os sintomas.

“No ano de 2021, várias unidades da Federação, e Goiás não ficou de fora dessa, tiveram aumento nos casos de Chikungunya. Em relação ao ano passado, o aumento foi de quase 170%”, detalhou o coordenador, ao destacar que há pessoas que relatam ter sintomas da doença por até dois anos.

Confira as principais ações de combate ao Aedes Aegypti

O principal cuidado para evitar a contaminação pelos vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti é combater justamente o mosquito, e as ações devem começar dentro do próprio domicílio. “Os estudos feitos pelas Secretárias Municipais de Saúde demonstram que mais de 90% dos criadores se encontram nas casas. A gente tem falado muito que o vilão é o Aedes Aegypti, mas, na realidade, o próprio vilão somos nós, a partir do momento que não trabalhamos dentro dos nossos imóveis”, pontuou Murilo.

Assista à entrevista no Sagres Sinal Aberto: