O jornalista e radialista Luis Carlos Bordoni, em seu depoimento à CPMI Cachoeira no Congresso Nacional, afirmou ter doado “sua bagagem a uma proposta de mudança política em Goiás” quando trabalhou nas campanhas do governador Marconi Perillo. No entanto, ele disse não mais considerar o governador como “amigo”. “Assumi com ele pacto pela transformação de mudança na política em Goiás. Já fui peessedebista, não queria estar aqui, mas fui obrigado pelo meu ídolo de ontem e meu algoz de hoje”, disse.

Bordoni argumentou ter feito uma proposta de 200 mil reais para trabalhar na última campanha do tucano, mas, segundo ele, o valor foi fechado em R$ 120 mil, mais bônus de R$ R$ 50 mil, em caso de vitória. De acordo com ele, R$ 40 mil foram recebidos das mãos do governador Marconi Perillo. Ele argumenta que R$ 30 mil foram oriundos do financeiro da campanha. Ele diz ter recebido o restante em espécie do então tesoureiro da campanha de Perillo, Jayme Rincón.

O jornalista acusa o governador de ter faltado com a verdade ao depor na CPMI. “O governador Marconi Perillo quando esteve aqui, faltou com ela (verdade) abusivamente”. Bordoni disse ainda não temer o governador e seus aliados. “Eu quero encará-los, eu não os temos. Eles precisam aprender que não se brinca com a honra e com a dignidade dos outros. Vou processar todos ele, inclusive o dono da banda dos desafinados”.

O clima de serenidade durou pouco e foi interrompido pelo protesto do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) que, irritado, acusava o jornalista de fazer ilações. Silvio Costa (PTB-PB) também protestou e defendeu a testemunha para que o depoimento continuasse. Houve ainda discussão entre Sampaio e Bordoni.

Em relação à nomeação de sua filha, Bruna Bordoni no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem Partido), o jornalista afirmou que ela foi nomeada, mas não assumiu por problemas de saúde.