“Dor”. Foi ela, essa pequena palavra de três letras, que impediu – por mais de um ano – o zagueiro Paulo Henrique de continuar fazendo o que mais gosta: jogar futebol. Revelado pela Rio-verdense, o atleta ganhou destaque atuando pelo Atlético-GO e ainda defendeu o Goiás e o Santos.    

No entanto, um “erro médico” fez com que a briga para superar os adversários se tornasse uma luta contra os próprios limites. Com uma contusão séria no joelho, Paulo Henrique chegou a pensar em deixar a carreira. “Várias vezes achei que não ia voltar. Treinava e saía daqui com o joelho doendo. Ia embora chateado e sentia que no outro dia não ia suportar”, revelou ele, emocionado, ao repórter Rafael Bessa da RÁDIO 730.

 Nos momentos mais críticos, o atleta só queria poder se divertir com a bola, mesmo que não fosse no futebol profissional. “Cheguei a pensar que seu eu pudesse bater uma pelada no final de semana estava bom”, complementou.

Mas, a esperança na carreira voltou e após um intenso trabalho de recuperação no Atlético-GO, o zagueiro está treinando bem e já foi relacionado para uma partida pelo técnico René Simões. “Fui me adaptando de novo, estou evoluindo a cada dia e creio que tenho muito a melhorar”.

O jogador se apega à espiritualidade e relembra uma frase bíblica para demonstrar sua esperança no retorno aos gramados. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. Isso é o que está acontecendo comigo. Não sinto mais as dores que sentia e estou pronto”, assegurou.

Sem ressentimentos

Em relação ao “erro médico” que o deixou de fora do futebol, Paulo Henrique garantiu não guardar mágoas e só quer olhar para frente: “Todos nessa terra erram e acertam. Houve uma negligência que podia ter acabado com minha carreira, mas a gente tem que lutar e correr atrás. O Atlético-GO me ajudou muito e estou me cuidando para chegar o mais perto do que eu já fui um dia”, espera.

“Fui trabalhar e tentar de todas as formas. Deu certo. Estou aí. E cada dia vou ficar melhor. Quando o Atlético-GO precisar de mim eu também quero ajudar”, finaliza.