(Foto: Sagres Online)

Membro da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) representando a Assembleia, o deputado Alysson Lima (PRB) disse à Sagres ser contra a saída do Estado da gestão do transporte na Grande Goiânia. O governador Ronaldo Caiado apresentou projeto de lei à Assembleia para retirar a Agência Goiana de Regulação (AGR) da fiscalização da tarifa de ônibus. Isso levou o presidente da CDTC, o prefeito de Trindade Jânio Darrot, a pedir uma reunião para discutir a reestruturação deste modelo

O deputado Alysson acha a saída do Estado preocupante do ponto de vista técnico e político. “O governo lava as mãos em algo que nunca quis assumir”. Ele não entrou [na CDTC] por acaso”, disse referindo-se à responsabilidade do Estado tem sobre o setor. O deputado também critica o prefeito Darrot, que demorou cinco meses para tomar posse na presidência da Câmara. “Ele demorou a assumir e fragilizou a CDTC. De repente ele se despertou?”, questionou.

O deputado concorda que é preciso discutir a reestruturação do sistema e sugere incluir o debate sobre uma forma de o poder público subsidiar a tarifa. “Atualmente só o passageiro paga pela passagem. As cidades que têm o transporte mais eficiente mantêm algum subsídio”. Ele defende também a volta das vans para o transporte coletivo em linhas alternativas. “A entrada do micro-ônibus com atendimento por meio de aplicativo abre essa possibilidade”, disse, uma referência ao CityBus 2.0 que a HP Transportes lançou em 30 de janeiro

CPI da Enel

O deputado Alysson foi autor de um dos dois requerimentos para criação da CPI para investigar o fornecimento de energia elétrica. Ele propôs apurar desde a negociação entre o governo e a Eletrobrás, que assumiu 51% das ações da Celg em 2012, passando pela privatização da empresa, em 2017, quando foi adquirida pela Enel, até a qualidade no fornecimento de energia elétrica no Estado.

O deputado Henrique Arantes propôs investigar apenas se a Enel cumpre o contrato de compra da Celg, que a obrigou a investir R$ 4 bilhões em cinco anos. Os dois requerimentos foram unidos. 

Alysson, que dividirá com Henrique a presidência e a relatoria da CPI, justifica ser importante “olhar para trás” em todo este processo e ainda saber se a Enel continuará a prestar “esse péssimo serviço à população, contando com a benevolência do Estado e a conivência dos deputados estaduais”.

Se autodeclarando deputado de oposição, Alysson afirma que o governo tem “no máximo” 15 deputados com quem pode contar. Ontem Henrique Arantes apostou que este número é ainda menor, “entre 10 e 12”. Segundo Alysson, Caiado ainda terá de “cinco a sete deputados, dependendo da pauta, como acontece com a base do prefeito Iris Rezende [na Câmara de Goiânia]”. O restante dos deputados será independente, disse.

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