Odontólogos que atendem pelo Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) alegam que os honorários pagos pelo órgão não cobrem as despesas dos serviços. O assunto foi debatido, nesta terça-feira (10), em audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego).

O deputado estadual Thiago Albernaz (MDB), que presidiu o encontro, apresentou um requerimento para suspender alguns serviços prestados de odontologia.

“É uma oportunidade que a gente tem de dar um fôlego para esses profissionais credenciados, para que tenhamos a manutenção do comportamento ético desses profissionais que estarão prestando um serviço, sem que tenha que muitas das vezes abordar o paciente por situações adversas. Acho que é uma forma de pressionar salutar, mas para ter uma melhoria na qualidade desse serviço”, disse.

Quem decide quanto paga de honorários é o próprio Ipasgo. A audiência pública contou ainda com representantes da categoria, como o Conselho Regional de Odontologia, o Sindicato dos Odontologistas de Goiás e, também, do próprio Instituto, que foi receptivo ao debate.

“Acho que isso é uma conquista, de fato uma oportunidade que a Assembleia tem de criar essa ponte, e tenho certeza que essa audiência transformará a forma da relação dos credenciados com o Instituto”, argumentou Thiago Albernaz.

Para o parlamentar, o requerimento suspendendo os serviços não irá prejudicar os associados, já que os serviços já estão indisponíveis ou precários.

“Esses atendimentos já não estavam ocorrendo. Os profissionais tinham limitações financeiras e de operações dentro de seus consultórios para prestar esse serviço. É claro que, talvez neste momento, o Ipasgo vai deixar de prestar um serviço para seu usuário e isso vai fazer com que o Instituto venha a ser pressionado a atualizar essa planilha, para que dê dignidade aos profissionais e o serviço ser prestado em breve novamente”, ressaltou.

“A gente não quer que esses serviços sejam suspensos por tempo indeterminado. Acho que isso foi pautado na audiência de hoje e o nosso objetivo principal é fazer com que a gente tenha um fôlego por parte dos credenciados para que de fato possamos ter um reajuste o quanto antes. Isso tem que ser de interesse do Instituto”, finalizou.