O diretor geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski foi ouvido pelos deputados que compõem a CPI da Segurança na Assembleia Legislativa. Temas como índice de resolução de crimes, estrutura da polícia e causas de delitos foram colocados em pauta. Durante a reunião o deputado Major Araújo questionou quanto a elucidação de Homicídios.
Ele aponta que apenas 8% dos Homicídios investigados tem identificação da autoria. “É um percentual insignificante. Nós estamos falando de homicídios, crimes dolosos contra a vida, que deveriam receber maior atenção. Se estes somente 8% são investigados, imagine os outros. Isto demonstra que a segurança pública não vai bem,” diz.
O diretor geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, informou que o índice de elucidação de homicídios nos seis primeiros meses deste ano foi de 50% em Goiânia. Quanto ao grande número de homicídios ocorridos no Estado, o delegado afirma que a maior parte das vítimas é jovem e está envolvida no tráfico de drogas.
De acordo com o delegado, Goiás é o segundo Estado da federação que mais instala inquéritos na Polícia Civil, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. Quanto ao grande número de crimes menores, como receptação, que estão com inquéritos parados, ele explica que a Polícia Civil realmente dá prioridade à investigação de crimes mais graves, como homicídios, tráfico de drogas e estupros, mas que outros delitos também recebem atenção.
Nesta reunião foram aprovados requerimentos que convidam representantes da área de Assistência Social de Goiânia e Aparecida para prestarem depoimento.
O deputado Mauro Rubem (PT) justifica qual pode ser a contribuição dessas pessoas nos trabalhos da CPI. “Nós apresentamos o requerimento para convidar o secretário de Cidadania e Trabalho. Não se faz segurança pública apenas com policiais,” analisa.
O tema segurança pública é abrangente. Durante a reunião, diversos subtemas foram tratados, assim como assuntos não pertinentes a área de segurança pública também foram tratados. O presidente da CPI, Hélio de Souza (DEM), descreve que a diversidade contida no debate não prejudica as ações da CPI. “Eu acho que é impossível fazer apenas um foco. A questão da violência atinge de uma maneira concreta toda a sociedade. Então, quando um deputado questiona algo que aparentemente não tem a ver com o motivo da CPI, eu entendo que as perguntas tem uma lógica. Devemos procurar fatores que devem ser analisados e procurar por conteúdos que vamos utilizar provavelmente em nosso relatório,” fala.
A próxima reunião da CPI está marcada para a manhã da próxima quinta-feira.