Na segunda-feira (4), o presidente da Assembleia Legislativa, Helder Valin (PSDB) comentou que cinco Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) foram arquivadas devido a retirada de algumas assinaturas por parte de membros da posição. O tucano não citou os nomes dos deputados que teriam voltado atrás.
O líder da bancada do PT na Assembleia, Karlos Cabral, cobrou que a Assembleia divulgue o nome dos deputados que retiraram os nomes dos documentos que criavam as CPIs. “Não é uma assembleia de condomínio ou associação de moradores, onde a formalidade é um pouco menor. Ali é uma casa legislativa que deve obedecer processos formais,” cobrou o petista.
Segundo Karlos Cabral, até que os nomes dos deputados que retiraram as assinaturas sejam revelados, todos da oposição são suspeitos. O deputado garantiu que ele e os colegas petistas seguem apoiando as CPIs. O parlamentar também disse não saber se o presidente da casa, Helder Valin, está mentindo. A argumentação de que o anonimato dos ‘traidores’ seria para preservá-los foi criticada pelo petista. “Não tem que preservar deputados. Todos são adultos,” afirma o líder do PT.
Reforma política
Karlos Cabral é um defensor da reforma política. Um dos pontos que o deputado entende que deve ser mudado imediatamente é a aliança proporcional. “Esta é uma das mazelas que sobraram para compra de apoio, de negociata política e de financiamento privado de campanhas,” critica o petista.
Ainda sobre a reforma política, o parlamentar diz que é favorável ao voto misto, na qual a metade dos parlamentares eleitos é escolhida pelo povo e a outra metade fica a cargo do partido.
Eleições
Quando o assunto é a sucessão no governo estadual, Karlos Cabral pede atitudes conscientes da oposição, que segundo ele deve caminhar junta, caso queira ganhar o poder executivo. O deputado revela que a intenção é reunir em um mesmo projeto em Goiás o máximo possível de partidos que fazem parte da base do governo federal.
Sobre a administração de Marconi Perillo, Cabral fez sérias críticas. “Nós precisamos tirar Goiás desse marasmo, deste atraso político. Goiás não está sendo administrado. Goiás está intransitável. Está um caos na saúde, na segurança pública. Criaram um programa, o PAI (Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento), que nem condição de planejar esse programa não tiveram,” atacou.