O deputado federal Rubens Otoni (PT-GO) é um dos defensores da reforma política. Ele quer que as campanhas eleitorais sejam financiadas pelo poder público e que as eleições sejam realizadas através de listas pré-ordenadas. Em relação ao pleito de 2014, o petista é favorável que o nome da oposição seja escolhido somente no início do próximo ano. As declarações foram dadas no Programa Clube da Notícia, da Rádio 730, na manhã desta segunda-feira (8).

Há muitos anos, o tema reforma político é debatido no Congresso Nacional e na sociedade brasileira. Mesmo com o consenso de que a legislação precisa ser modernizada, ela não sai do papel. O deputado opina sobre esta dificuldade. “É uma tema complexo. É difícil de sair e de avançar pelas contradições e opiniões diferentes que existem,” avalia o petista.

De acordo com Rubens, os políticos tratam da reforma política de uma maneira diferente das demais necessidades da sociedade, como a educação, a saúde e a segurança pública. “Eles estão discutindo a sua própria sobrevivência, as regras que vão determinar as disputas que vem pela frente,” exemplifica o deputado.

Apesar das divergências ideologias, Rubens faz questão de ressaltar que trabalha em conjunto com o democrata Ronaldo Caiado na construção de ideias para a reforma política no país.

Para o deputado federal por Goiás, o financiamento público de campanha é fundamental para o processo democrático no Brasil. De acordo com ele, este método elimina o dinheiro vindo da iniciativa privada com segundas intenções.

Em relação ao modelo das eleições, Otoni defende que seja o de lista pré-ordenada. Neste formato, o partido faz uma lista por ordem de preferência. Os eleitores escolhem uma das listas para votar. Então, os eleitos saem da lista oficializada, que ocupam o número de vagas conquistadas pela coligação.

O modelo sugerido por Rubens Otoni é acusado pelos opositores de dar muito poder aos presidentes de partidos. o deputado questiona: E hoje, é diferente?

Eleições 2014
Assumir o governo estadual pela primeira vez. Este é o objetivo do PT, seja com o candidato a governador ou como aliado do partido de oposição que ceder o nome ao grupo rival de Marconi Perillo.

Vários nomes surgiram como representantes da oposição. Rubens Otoni vê o processo como natural, mas opina que a escolha deve acontecer apenas no primeiro semestre do próximo ano. “A escolha é como a escalação da seleção brasileira para a Copa do Mundo. Ninguém sabe agora quem vai jogar na estreia. É preciso esperar chegar próximo,” compara.

O deputado entende que a oposição está madura e é capaz de dialogar, unir e indicar um bom nome para concorrer ao governo com chances de ganhar.

O petista garante que não é uma predileção por um nome do partido, mas sim por alguém que represente o grupo de oposição no Estado e o governo federal.