(Foto: Arquivo)

Com medo do possível desgaste político, deputados estaduais comemoraram o posicionamento contrário da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) sobre a proposta de desoneração da tarifa do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia. Os políticos não concordam com a forma sugerida para bancar o fundo que evitaria aumento da passagem e viabilizaria investimentos.

Pelo projeto, a taxa de licenciamento de veículos do Detran seria aumentada para moradores da região metropolitana. O valor teria um aumento entre R$ 67 e R$ 96. O deputado Alysson Lima (PRB) é o representante da Alego na CDTC e explica o posicionamento contra a proposta de desoneração.

“O fundo é necessário para poder manter o transporte coletivo, agora a forma com que a CMTC estava enviando do fundo para essa Casa, com a anuência do governo, é totalmente equivocada porque prejudicaria muita gente”, afirmou. Ele sugeriu outra forma. “É tirar do orçamento”, disse. “Goiânia não destina nenhum centavo para o transporte coletivo, o governo de Goiás não destina nenhum centavo para o transporte coletivo, o governador sabe que não faz milagre tem que ser do orçamento”, completou.

O deputado delegado Eduardo Prado (PV) também comemorou o posicionamento da PGE. Para ele, a proposta prejudicaria os contribuintes de Goiânia, ferindo o “princípio da isonomia”. “Se você tributa apenas os motoristas aqui da cidade de Goiânia, aumentando o licenciamento você prejudica logicamente outros estados, a meu ver isso é totalmente inconstitucional”, disse.

O deputado afirma que outras formas de subsídio da tarifa deveriam ser buscadas. “Uma solução seria o parquímetro aqui em Goiânia, há muitos anos nós estamos arrastando a situação do parquímetro, publicidade em ponto de ônibus, em abrigos, que nem abrigos tem aqui na cidade de Goiânia, fazer a publicidade, fazer inovação”, avaliou. “Um ponto seria o parquímetro, infelizmente eles não renovam fica fazendo obras faraônicas e não pensam nessa situação do transporte coletivo, que já se arrasta há muito tempo”, concluiu.