CARTA
O grande assunto da política ontem, a carta-desabafo do vice-presidente Michel Temer endereçada a presidente Dilma Rousseff (PT), repercutiu também entre os deputados estaduais do PMDB na Assembleia. Alguns deles já sugerem o rompimento oficial do PMDB nacional com o governo da petista.
FISIOLOGISMO
O deputado Adib Elias, ex-presidente do PMDB de Goiás, disse que Temer falou a verdade. Para o deputado, o PT nunca “acreditou” em Temer ou no PMDB. “O partido tem que ter sua vida própria, seus rumos próprios, tomar posicionamento e largar de fisiologismo”, disse Adib.
ACABOU
Já o líder da bancada, deputado José Nelto, acha que, bem antes do desabafo de Temer, a aliança entre o PT e o PMDB já acabou, desde o ano passado. “A aliança só está na mente de quem faz parte do PMDB ‘da boquinha’ que quer cargos, tanto em Goiânia, quanto em Brasília”, disparou.
PONTUAL
Do lado do PT, lideranças colocam panos quentes. O presidente do PT Metropolitano, Luís Cesar Bueno, acredita que a carta de Temer é uma “manifestação meramente pontual e momentânea”. Ele ressaltou que o PMDB sempre foi privilegiado nos governos petistas com ministérios importantes.
TESTE
Na visão de Luís Cesar, a carta de Temer é um teste “de conjuntura” para saber qual a capacidade de reação “do governo e da própria sociedade”.
COMISSÃO
Três deputados da bancada goiana integram como suplentes a Comissão do Impeachment votada ontem – a chapa da oposição – na Câmara Federal: Roberto Balestra (PP), Fábio Sousa (PSDB) e Lucas Vergílio (SD).
DE FORA
Outros dois deputados goianos, Daniel Vilela (PMDB) e Flávia Morais (PDT), chegaram a ser indicados, mas estavam na chapa pró-Dilma que foi derrotada.