Os deputados estaduais Henrique Arantes (PTB) e José Nelto (PMDB) participaram na manhã desta segunda-feira (14) de um debate na Rádio 730 sobre a Proposta de Emenda Constitucional 77 (PEC), a chamada reforma política.
Um dos principais pontos do projeto é a criação do “distritão”. O modelo funciona da seguinte maneira: o estado e município se torna um distrito eleitoral e funcionará para a escolha de deputados federais, estaduais, distrital e vereadores. Assim, serão eleitos os candidatos mais votados no distrito, como acontece hoje na eleição dos senadores. Não é levado em conta os votos para partidos e coligações.
Na opinião do deputado Henrique Arantes, o “distritão” tornará o processo eleitoral menos complicado. “Com o distritão, os partidos nanicos vão desaparecer com o tempo. Esse é o ponto mais favorável do distritão. As lideranças de um determinado partido não buscariam filiação partidária para tentar ganhar a eleição, já que o jogo seria o mesmo para todos”, pontua.
Já o deputado José Nelto acredita que o “distritão” encarecerá o processo eleitoral. “Eu vejo o distritão com muita reserva. A eleição ficaria mais cara com o distritão porque os partidos não teriam valor mais. Não existiria mais fidelidade partidária. Temos que baratear as eleições. A sociedade não aceita que se tire dinheiro público, que poderia ser aplicado em educação e saúde, para aplicar nas eleições”, justifica.
A comissão especial da Câmara que analisa a reforma política aprovou, no dia 10 de agosto, uma mudança na Constituição Federal que institui o “distritão”. Foram 17 votos a favor e 15 votos contrários, com duas abstenções.
A aprovação não quer dizer que o distritão entrará em vigor nas eleições de 2018 e 2020. Isso porque a proposta precisa passar pelo crivo dos plenários da Câmara e do Senado, e ser promulgada até 7 de outubro para valer nas disputas do próximo ano.
Acompanhe o Debate Completo:
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