A derrota da prefeitura de Goiânia na votação do projeto que previa reajuste de 25% no IPTU e ITU em 2015 causará, além da consequência política de fortalecer ainda mais a oposição na Câmara, prejuízos financeiros para a gestão da cidade pelos próximos dois anos.

A aprovação representaria incremento de R$ 77,8 milhões no próximo ano, com base dos R$ 311,1 milhões já arrecadados com o imposto em 2014, segundo números da Secretaria de Finanças.

No entanto, em relação à arrecadação geral da prefeitura neste ano, o aumento representaria apenas 7,76%, já que impostos, taxas e pagamento de dívidas neste ano tiveram soma superior a R$ 1 bilhão.

O maior responsável pela receita própria do Paço é o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), com participação de R$ 509 milhões, 50,7% do bolo.

O setor empresarial, destacadamente a Associação Comercia e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), fez campanha contra o aumento do IPTU, com o argumento de que a prefeitura não precisa de mais recursos, mas sim de melhorar a gestão dos que já tem.

Arrocho!

Já o secretário de Finanças, Jeovalter Correia, tuitou, depois da derrota na Câmara: “R$70 milhões é o tamanho do ajuste fiscal a ser feito nas contas da Prefeitura de Goiânia… É isso, vem arrocho, ainda maior por aí!”.

Viva!

Ao encerrar a sessão que definiu o revés do prefeito na Câmara, o presidente Clécio Alves (PMDB) fez questão de bradar: “Viva a democracia e a Casa do povo”. Faz sentido.