O clima poderia estar pesado, mas a aparência e o senso de humor de Hailé Pinheiro mostraram uma leveza incomum nesse momento de crise no Goiás. Logo após a reunião com os conselheiros na noite de quarta-feira, o presidente do Conselho Deliberativo brincou até com o fato dos conselheiros ajudarem financeiramente o Goiás. Para o dirigente máximo, isso é algo difícil de acontecer.
“Se for esperar dinheiro do Conselho, tá enrolado, o Conselho não gasta nada não. Eles querem dar palpite, mas gastar, de jeito nenhum. Nós é que vamos resolver mesmo, como sempre fizemos. O Goiás nunca foi folgado”
A reunião também serviu para aprovar as contas da gestão João Bosco Luz, no biênio 2012-2013, e revelou que foi normal, além de elogiar bastante o quanto o Goiás cresceu nesse período. Entretanto, o clube agora está mergulhado em uma crise financeira que influencia, diretamente, no rendimento do time em campo, já que existe um teto salarial de R$50 mil, o que impossibilita grandes contratações. Mas, existe mesmo esse teto?
“Não tem esse negócio de teto não. Manda R$200 mil pro Walter hoje, pronto, eu quadripliquei o teto, manda R$200 mil pro Walter. Teto é uma maneira de pôr um limite, mas, obviamente, se aparecer uma peça que nos interessa, a gente vai dar um jeito”
Pra piorar, a maior aposta e considerado a maior contratação da equipe no ano, não deu a resposta esperada. Carlos Alberto está encaminhado um acordo amigável para deixar o clube, mas Hailé confia que ele ainda pode dar a volta por cima no Goiás. O presidente do Conselho relembrou que o Goiás e o atacante Walter também foram criticados e muitos duvidaram, mas construíram uma história de sucesso. Hailé crê que Carlos Alberto também pode.
“Espero que sim, a gente tá até chateado dele não ter dado certo até agora. Nós investimos querendo acertar, ele é um moço com o passado muito bom como jogador, pena que não tá dando certo. Ele vai dar certo ainda, espero que dê. É a cabeça dele, o jeito dele, talvez não achou o ambiente ideal, mas quem sabe muda. O Walter quando chegou aqui também, se ver as críticas que fizeram, nós tínhamos mandado o Walter embora imediatamente”
Rápido e rasteiro
Hailé falou também sobre Rafael Moura, eterno sonho do dirigente, que já foi cotado para voltar, mas que agora, em alta no Inter, é um desejo impossível. Além disso, voltou a lamentar a reta final da equipe esmeraldina no ano passado, onde ele considerou ter faltado foco, até mesmo de Enderson Moreira. Só que, um assunto em especial, fez o presidente do Conselho ser breve: uma possível volta de Raimundo Queiroz à diretoria.
“Isso não é comigo, nós estamos conversando coisa séria aqui agora. Vocês estão brincando comigo”, disparou Hailé, breve e sucinto.