Cerca de 20 mil pessoas se descredenciaram do Ipasgo desde que o governo de Goiás anunciou que iria aumentar o valor cobrado aos agregados. De acordo com a diretoria do Instituto, a procura por desligamento foi maior nos últimos dias de setembro, mês que antecedeu o aumento aplicado.
A servidora pública Verana Garcia de Araújo, por exemplo, foi até a sede do Ipasgo pedir descredenciamento de seu pai. Segundo ela, a atitude partiu após o reajuste de 89% para agregados acima de 59 anos.
“É um valor exagerado. Lutamos tanto por nossos direitos de consumidor e dessa vez não vi nenhum órgão responsável fazer absolutamente nada. A sociedade está perplexa”, afirma.
Segundo orientação da diretoria do Ipasgo, antes do descredenciamento, é preciso verificar se não há pendências financeiras junto ao Instituto. Apenas o titular pode realizar a ação. Um encontro de contas dos últimos doze meses será feito para verificar mensalidades e coparticipações pagas.
Caso os procedimentos em andamento tenham valor superior ao que já foi pago no último ano, o usuário terá que fazer o reembolso ao Ipasgo. O usuário poderá fazer isso de duas formas: Pagando à vista ou à prazo, ou se fidelizando ao Instituto por mais 12 meses, porém sem poder usar os serviços.
O usuário Jânio César da Silva também compareceu à sede do IPASGO para pedir descredenciamento de agregados. Ele destacou que além do aumento pesar no bolso, também “irá pesar na hora de votar”.
“Pesa no bolso e no voto, porque agora eu irei pensar duas vezes antes de votar. O político erra e nós pagamos”, comenta.
Vale lembrar que não são considerados agregados, membros para o Grupo Familiar [cônjuge, filhos de até 18 anos ou de até 23, que cursam Ensino Superior]. Para esta faixa não ocorreu aumento. Os demais dependentes são agregados.