O desembargador Júlio César Cardoso do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região está afastado de suas atividades enquanto estiver respondendo ao Processo Administrativo Disciplinar. Júlio César foi flagrado em conversas da Operação Monte Carlo com integrantes do grupo de Carlinhos Cachoeira. A partir dessas gravações, duas entidades classistas apresentaram representação ao Tribunal pedindo investigação do caso.

Recentemente, Júlio César Cardoso já havia pedido afastamento dos cargos de vice-presidente e corregedor do TRT. Agora, ele fica afastado das demais funções, para garantir um andamento melhor das investigações.

Segundo o procurador Paulo Pimenta, que foi sorteado para relatar o caso, existem indícios de ligação de Cardoso com o grupo de Cachoeira. Uma primeira defesa prévia já foi apresentada pelo acusado, que poderá apresentar testemunhas de defesa durante o processo de apuração. Os trabalhos devem começar na semana que vem, após a publicação oficial da abertura de sindicância. A decisão final caberá ao Pleno, que reúne todos os desembargadores do TRT de Goiás. Em caso de comprovação de culpa, o desembargador Júlio César Cardoso pode sofrer pena que varia de censura a exclusão dos quatros do Tribunal.