Os convidados do Debate Super Sábado (17) Jeovalter Correia, Benjamin Kennedy e Divino Lemes nos estúdios da Sagres (Fotos: Jéssica Dias)
A proposta que prevê a redução da tarifa do transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia, apresentada pela Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo ao governador Ronaldo Caiado e ao prefeito Iris Rezende, foi tema de debate na Sagres 730.
O presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Benjamin Kennedy, acredita que as mudanças poderão trazer novos usuários para o serviço.
“Nós sabemos que a demanda do transporte coletivo vem caindo ano a ano. De 2012 a 2018 tivemos uma queda de até 41%. Com essa desoneração da tarifa nós temos certeza absoluta que estamos agregando novos usuários ao sistema”, avalia.
Com a possível aprovação do projeto, que deve ocorrer até o final de setembro, a tarifa, que hoje é de R$ 4,30 deverá cair para R$ 3,30. Segundo o prefeito de Senador Canedo Divino Lemes, o usuário de baixa renda será o maior beneficiado pela medida.
“É aquele que ganha menos. Se nós conseguirmos essa brilhante ideia, que não é a invenção da roda, mas trazer essa ideia positiva de outros locais do mundo para cá, nós vamos dar a mão a quem precisa, melhorando o sistema e continuando a prestar a nossa obrigação que é servir bem a população”, pondera.
Para desonerar a tarifa, uma das medidas da proposta é um acréscimo no valor do licenciamento de veículos, mas ainda não define se ocorrerá apenas para proprietários de veículos da região metropolitana ou de todo o estado. Autor do projeto, o consultor em Gestão Pública, Jeovalter Correia, esclarece como ela deverá funcionar, e enumera outras formas que ainda serão estudadas para contribuir com o fundo de custeio do transporte coletivo.
“O licenciamento é a parte mais representativa, mas a ideia é que esse fundo possa receber recursos, por exemplo, do estacionamento rotativo, do transporte individual principalmente por aplicativo, que também contribui para o que o transporte não tenha um fluxo para o ônibus possa trafegar à vontade. Também criar uma condição para que as locadoras, que não pagam licenciamento aqui em Goiânia”, enumera.
A proposta ainda precisa ser finalizada antes de ser encaminhada para a Assembleia Legislativa.
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