(Foto: Arquivo / Sagres Online)

A direita moderada assumirá o controle do PSL no Congresso Nacional, afirmou o deputado Delegado Waldir, ao comentar a notícia de que o presidente Jair Bolsonaro anunciará nesta terça-feira (12) sua saída e a de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, do partido. O deputado federal Eduardo Bolsonaro e um grupo de 18 deputados continuarão no PSL à espera de uma janela partidária ou da criação do novo partido do presidente Bolsonaro. “Não somos uma seita, não temos um Deus”, disse o delegado em entrevista à Sagres 730 nesta terça-feira.

“O PSL não nasceu ontem, tem uma proposta há muito tempo, a liberdade econômica, conservador, uma direita moderada, então tem seus princípios há muito tempo. Ele existia antes do presidente Jair Bolsonaro e vai continuar existindo”, afirmou. “Vamos continuar votando nos interesses econômicos, os nossos princípios nós votaremos com o governo. Mas tem alguns pontos que a gente entendeu, que o grupo liderado pelo presidente fragilizou o partido e alguns assuntos gente tem certeza que vai divergir”, completou o deputado Delegado.

O delegado afirmou que o PSL continuará com o processo de suspensão de 19 deputados. Todos eles já foram notificados. Segundo Waldir, eles serão suspensos por 1 ano. O próximo passo será a formação de uma nova lista para indicar o líder e destituir Eduardo Bolsonaro da liderança até o início da próxima semana. O delegado diz que o PSL não pretende expulsar nem liberar a filiação de nenhum desses deputados aliados ao presidente Bolsonaro para que eles possam se filiar ao partido que o presidente pretende fundar para receber seu grupo político.

“Na verdade essa semana encerra o prazo de notificação dos 19 deputados, não expulsaremos ninguém, a gente não vai dar presente não, partido não é Papai Noel para dar presente para deputado infiel que ataca o partido”, disse. “Iremos retomar a parte do partido, essa direita moderada, nós iremos reassumir a liderança do PSL, e o partido continuará mantendo o mesmo grupo, pode ser que exista uma ou outra expulsão pontual, mas nós não iremos expulsar dezenas de deputados, não vamos dar presente de Natal para parlamentar não”.

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