Contratado para comandar o Departamento de Futebol do Goiás, o dirigente Kleber Guerra abriu o jogo e resolveu balançar o elenco esmeraldino ao criticar veementemente a atuação diante do Paraná, na derrota por 3 a 0 em pleno Serra Dourada. Em entrevista a RÁDIO 730, ao repórter Edson Júnior, o dirigente relatou que o grupo precisa dar uma melhor resposta dentro de campo e dispara que não vai permitir jogador acomodado dentro do elenco esmeraldino.

“É um grupo que já deu um retorno maior e não tem como eles terem desaprendido jogar e não tem como também ter esquecido como o companheiro do lado joga. Nenhum jogador aqui vai ficar acomodado, eu fui bem claro com eles. Essa nova gestão no Goiás é de produtividade e o jogador que não estiver rendendo, nós já vamos encaixar em outra situação. O grupo não vai ficar inchado, vai ficar com atletas que querem jogar, que querem aproveitar a vitrine que o Goiás dá e que buscam um futuro melhor”, disparou.

Kleber destacou que apenas o goleiro Harlei, por já ter uma história marcada no clube, e o zagueiro Marcão, pelo vasto currículo no futebol nacional, serão poupados das cobranças. O restante, seja garoto da base ou contratação recente, todos serão estimulados a provar o valor dentro de campo. Segundo o diretor de futebol, acabou a fase de tapar o sol com a peneira no Goiás.

“Não é porque o jogador é prata da casa ou porque são contratados que nós vamos falar que tá bom, porque não tá bom não, ninguém veio ficar acomodado. Se é garoto e tem condição de fazer, eu vou cobrar, se é um jogador que o Goiás fez investimento, eu vou cobrar mais ainda, porque tem que dar retorno. Acabou a fase do “tá bom”. Se precisar repor com 10 peças, no mínimo cinco eu vou tirar também”, alertou.

O diretor explica que não foi apenas a derrota para o Paraná que o fez pensar dessa maneira, mas sim o modo que o time vem jogando desde que ele assumiu o cargo, antes da partida contra o ASA-AL. Sobre a premiação, definida antes da partida contra o Paraná, Kleber espera que ela não seja o maior objetivo dos atletas para conquistar as vitórias.

“A vitória no futebol encoberta muitas coisas, mas a gente tem experiência e uma certa vivência no futebol. Não é porque nós ganhamos bem do ASA-AL aqui que eu me acomodei, eu já sabia que não estava nada bom, porque o ASA teve cinco oportunidades antes de termos a nossa. Com relação a premiação, isso aconteceu naturalmente aqui, já tinha confirmado que ia existir, mas isso não tem que ser o foco”, ressaltou.