Durante os Debates Esportivos desta quarta-feira, 07, o diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, reconheceu que a boa campanha do Dragão na Série B despertou a cobiça de outros clubes. Segundo o dirigente, vários atletas receberam propostas para sair.

Apesar do assédio, o Rubro-Negro não teve baixas significativas no elenco. De acordo com Batista, a conversa e o ambiente dentro do Urias Magalhães foi fundamental para garantir a permanência dos jogadores em Goiânia.

“Tivemos muitos jogadores procurados. É cada dia com a sua agonia. Cada dia você senta com o jogador, tenta mostrar. Uma coisa muito positiva que o Atlético tem é o ambiente interno. Os jogadores se sentem bem em trabalhar aqui. Isso é muito valorizado. Tratamos todos com o devido respeito. Com todas as condições e responsabilidades também. Temos dado todo o respaldo para que a gente dê conta de suportar essas dificuldades”, afirma.

Mais do Dragão:
Satisfeito com desempenho da equipe, Marcelo Cabo comemora liderança provisória
Michel diz estar focado no Atlético, mas não garante permanência em caso de proposta

Preocupação comedida

Um desmanche assusta qualquer time que vai bem numa competição. O Atlético não é diferente. Com várias peças se destacando, o diretor admite que está preocupado com a possibilidade de baixas no plantel. Adson Batista, contudo, explica que, qualquer um que tente tirar jogadores do Dragão, terá que desembolsar um alto valor. Este também é o caso do volante Michel, que tem recebido sondagens.

“Se eu disser que não preocupa, é evidente que estou mentindo. Preocupa. Mas temos uma linha de trabalho que é de sempre preservar os interesses do clube. Hoje eu diria que é muito difícil qualquer jogador do Atlético sair, principalmente o Michel. Cada clube tem direito de estipular a multa de acordo com o salário praticado. O Michel tem uma multa de R$ 4 milhões. O Atlético não abre mão desse valor porque temos objetivos e jamais abrirá mão disso”, garante.

Com o período de inscrição de atletas chegando ao fim para a temporada de 2016, Batista considera muito difícil a transferência de algum jogador rubro-negro. O dirigente credita a segurança administrativa aos contratos firmados.

“Hoje eu estou bem tranquilo. As inscrições para a Série A terminam no dia 16. Vejo com muita dificuldade os clubes desembolsarem as multas praticadas nos contratos dos jogadores. Dentro disso, vejo que o Atlético está bem amarrado. Se não tivéssemos feito esses contratos, não teríamos condição de segurar. Lá atrás, o Bambu foi assediado por Portugal. O Vitória da Bahia tentou de todas as formas o Marllon. A gente não cedeu de maneira nenhuma. O Schuster, se não fosse com a nossa anuência, não sairia também. Mas foi uma situação que entendemos que poderíamos liberá-lo e facilitou algumas coisas para o clube também”, finaliza.