O diretor geral do Hospital Materno Infantil de Goiânia (HMI), Ronan Pereira Lima, negou que tenha causado um rombo de R$ 70 milhões quando geriu a Fundação Geraldo Correia, entre 2007 e 2009, em Divinópolis (MG). Ele admitiu que deixou dívidas na instituição, mas se defendeu dizendo que quando assumiu o cargo a entidade filantrópica já possuía muitas dívidas. As declarações foram dadas na manhã desta quarta-feira (10), em entrevista à Rádio 730.

No início do mês de abril, a Rádio e o Portal 730 veicularam uma matéria citando que Ronan foi demitido por má gestão da Fundação Geraldo Correia.

De acordo com Ronan, grande parte da dívida foi causada pela construção de um prédio para aumentar o atendimento do Hospital São João de Deus aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós construímos um prédio de 11 andares para atender pacientes do SUS,” argumentou.

O atual gestor do HMI em sua defesa ainda alegou que nunca foi acusado de fraude. Além de perder o emprego, Ronan renunciou a ordem dos hospitaleiros, da qual participava há 23 anos.

Materno
O HMI, assim como as demais unidades de saúde pública, sofre com a superlotação. Para o diretor geral, a grande causa são os atendimentos básicos realizados pelo hospital, quando estas consultadas deveriam ser feitas pelos postinhos, cais e hospitais municipais. “Ocupamos muito os nossos espaços e serviços com atendimento básico, quando tem se muito atendimento grave para fazer,” disse.

Ronan joga a responsabilidade desta questão para a Administração Pública. De acordo com ele, os governos precisam encontrar uma maneira de fazer com que somente os casos mais graves sejam encaminhados ao HMI.