Sobre a situação do Ipasgo, o diretor de Assistência do Instituto Múcio Bonifácio, afirmou que a análise financeira indica o problema que há com os 650 mil usuários e muito em cima do valor dos agregados. 

Ouça na íntegra a entrevista concedida pelo diretor:

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“As receitas não batem com as despesas. Não houve um bom controle. Temos que melhorar o controle das contas das auditorias, para reduzir as despesas e equilibrar as finanças do Instituto”, avalia.

Segundo ele, o Ipasgo tem uma arrecadação atual de R$ 65 milhões, numa média de R$ 100,00 per capita, com uma avaliação feita em cima da população usuária do Ipasgo, e as despesas ultrapassam os R$ 70 milhões, provocando desequilíbrio mensal.

Questionado se o Ipasgo cobra menos ou mais dos agregados em comparação aos outros planos de saúde, ele afirmou que tem cobrado menos, mas depende dos agregados, porque existem alguns com valores que se aproximam dos R$ 400,00. 

Reformulações

Em relação à reformulação do Instituto, Múcio declarou que o grupo que está constituído no âmbito do governo do Estado é participativo, contando com a Controladoria Geral do Estado, os diretores do Ipasgo, e vai se apoiar em estudos técnicos efetuados pelo próprio Instituto.

“As reformulações deverão atingir a definição do tamanho do plano que eles querem, ou seja, se vai alcançar um universo de pessoas, ou somente os funcionários públicos e a sua família. Vamos discutir se continuaremos com o mesmo nível de contribuição em relação aos agregados, reforçar as auditorias internas na fiscalização das contas que são apresentadas pelos prestadores ao Ipasgo, a fim de podermos sentir se elas estão corretas, mas será uma decisão tranquila e equilibrada”, ressalta.

Política e Ipasgo

Sobre os comentários de que ex-prefeitos teriam contratação com o Ipasgo, mas não estariam trabalhando, o diretor de assistência destacou que ao assumir o Ipasgo, a atual diretoria constituiu o primeiro cenário para avaliar todo quadro de pessoal. 

Checaram-se especialmente os de comissionados, como frequência, regularidade no desempenho das funções, e basicamente comprometimento com o Instituto. 

Comissionados e pagamento

“Os pontos que havia inconsistência os contratos foram rompidos. Houve uma alteração de cerca de 150 comissionados que foram dispensados, contratos de terceirização foram cerca de 180 funcionários que também saíram, atingindo até então 350 pessoas”, relata.

Ele ressaltou que ele teve a relação dos comissionados que foram atingidos pelas medidas governamentais, e em relação aos terceirizados, foram os contratos que não podiam mais ser renovados, pois também era necessário admitir os que foram aprovados em serviço público. 

Sobre o pagamento de janeiro, ele relatou que a ideia é que se façam os pagamentos a cada mês todo dia 10, assim que a normalidade da folha for retomada. Segundo ele, a data estabelecida será “rigorosamente cumprida, assim como os parcelamentos”.