O candidato do PSD, Divino Lemes, foi o convidado desta terça-feira (13) na rodada de entrevistas da 730 com os candidatos a prefeito do município de Senador Canedo. O ex-prefeito destacou o que considera os principais problemas da região.

Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}Podcasts/2016/setembro/13/divinolemesacidadefala{/mp3}

“Segurança pública, falta de oportunidades para nossa cidade, quer seja vaga em creches, melhoria da qualidade da educação, apoio ao comércio, toda uma ação conjunta para melhorar as atividades da cidade e valorizar o que é nosso, a aplicação dos recursos da nossa cidade para fortalecer o nosso povo. Em 1989 eu criei a Companhia Municipal de Saneamento e Águas e nesse momento está faltando água em diversos bairros”, ressalta.

De acordo com Divino Lemes, a solução do problema da falta de água está na reserva do recurso hídrico por meio de captação da chuva. Segundo ele, o município vem fazendo a captação da água em represas abaixo do município e que já teriam recebido contaminação.

“Não há como ter água no período de escassez de chuvas sem uma boa reservação no período chuvoso, e isto precisa ser feito com qualidade. Nós, no ano passado, fomos abastecidos de forma precária, por uma represa abaixo da cidade, e temos que inverter esse quadro e fazer a reservação acima da cidade”, argumenta.

Sobre a situação da candidatura de Divino Lemes que, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), consta com status “aguardando julgamento”, o Ministério Público (MP-GO) e a chapa do atual prefeito Misael Oliveira (PDT) pedem o indeferimento do registro de candidatura. O candidato do PSD diz que aguarda decisão da Justiça, e que vai recorrer se a decisão for de deferimento ou não. “Nós fizemos as alegações finais ontem, o prazo venceria hoje, e deverá ter a manifestação do magistrado local em breve. Estamos aguardando”, afirma.

Ainda sobre o processo que corre no MP-GO, Divino Lemes nega a acusação de enriquecimento ilícito dele e do candidato a vereador Vilmar Lima (PSDB), por meio de doação irregular de área pública municipal para uma instituição privada, fato que, segundo o MP-GO, remonta da gestão de 2001 a 2004. Lemes afirma que houve condenação, mas que está recorrendo da decisão, e que não houve dolo tampouco má fé.

“Eu doei não foi uma, não, foi uma centena, para gerar emprego e renda. Essa lá foi doada a uma empresa que o irmão do Vilmar é dono. Ocorre que ele se separou da esposa e desistiu da atividade, e o Vilmar assumiu a atividade do irmão, mediante um contrato de locação. A área está lá, está tudo lá, como é que você enriquece doando a área? É uma tradução equivocada de enriquecimento ilícito”, pontua.

Respondendo a questionamento dos ouvintes no programa A Cidade Fala, Divino Lemes diz que a prioridade é montar as secretarias municipais com representantes da própria cidade de Senador Canedo.

“Uma coisa que a comunidade de Senador Canedo não aceita mais. A gente chega na prefeitura hoje você não conhece ninguém, tudo de fora. Eu sou nascido ali, tive alguns mandatos, sou uma pessoa que, penso, bastante conhecida, você chega e ‘o cara’ nem te dá bom dia porque ele não é dali, é de fora, de outros municípios. O prefeito tem que necessariamente conhecer o secretário, tem que ser dali e envolvido com a sociedade”, reitera.

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